A Polícia Civil prendeu quatro homens suspeitos de fazerem parte de uma quadrilha que cometia crimes como roubos a residências, comércio e cargas na Grande Vitória e no interior do Estado, se passando como policiais. Em um dos assaltos, eles usaram camisas com identificação da Polícia Civil.
Um dos chefes da associação criminosa foi preso nesta quinta-feira (7). Alexandre Santos de Sá, 49 anos, é ex-agente penitenciário e apontado como o articulador dos crimes. Segundo a polícia, ele possui duas passagens por extorsão. Os outros presos são André Araújo Vilaça Denaday, de 22 anos, preso em flagrante no dia 29 de outubro; Bruno Batista Araújo, de 30 anos, preso no dia 1 de novembro; e Thomas Grigorio, 27, preso no dia 2 de novembro.
De acordo com as investigações, os membros do grupo tiveram participação em assaltos a residências nos bairros Vila Capixaba, em Cariacica, no dia 21 de outubro; e Castelo Branco, também em Cariacica, no dia 28 de outubro. Em um deles, foi levada uma quantia de R$ 50 mil.
A Polícia divulgou um vídeo gravado no dia do assalto em Vila Capixaba, que mostra suspeitos utilizando uma camisa com identificação da Polícia Civil.
Segundo a Polícia, o grupo também é investigado por participação em um roubo de armas na casa de um colecionador no bairro Santa Inês, Vila Velha, no primeiro semestre deste ano, e foram reconhecidos como autores de um roubo em um sítio em Santa Leopoldina, na região serrana do Estado.
O delegado Gianno Trindade, titular da Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial, explica que eles utilizaram camisas que seriam de um sindicato da Polícia Civil, e não oficialmente do órgão. O delegado falou também sobre como a quadrilha agia nos roubos.
"No crime do dia 21 de outubro, eles utilizaram camisas que foram confeccionadas por um sindicato da Polícia Civil. Não é oficial, mas tem a inscrição da Polícia Civil, o que nos preocupa. E chegam de uma forma procedimental parecida com a que a Polícia chega, o que faz com que as vítimas baixem a guarda e permitem que os indivíduos entrem na casa. Após entrarem se mostram violentos e anunciam o assalto".
Sobre os episódios de violência, o delegado relata agressões físicas às vitimas. "No roubo a uma residência no primeiro semestre, nos autos, existe a narração de que o Alexandre utilizou de uma gravata para imobilizar uma das vítimas, um treinamento que ele tem específico como agente penitenciário. No último roubo a residencia do dia 28 de outubro, uma vítima foi agredida com um soco no olho e uma arma de fogo foi apontada para a cabeça de uma criança de 9 anos", disse.
De acordo com a polícia, outras pessoas são investigadas por participação nos crimes. Os suspeitos já presos vão responder por roubo e associação criminosa.
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