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Presa quadrilha de suspeitos que se passavam por policiais em roubos no ES

Presa quadrilha de suspeitos que se passavam por policiais em roubos no ES

De acordo com as investigações,  a organização criminosa atuava com o mesmo modo de operação: para entrar nas casas, eles  se identificavam como policiais civis aos moradores

Publicado em 8 de novembro de 2019 às 13:20

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Alexandre Santos de Sá (camisa vermelha), Andre Araújo Denaday (sem camisa), Bruno Batista Araújo (camisa preta) e Thomas Grigorio (camisa cinza). (Divulgação/Polícia Civil)
Presa quadrilha de suspeitos que se passavam por policiais em roubos no ES

A Polícia Civil prendeu quatro homens suspeitos de fazerem parte de uma quadrilha que cometia crimes como roubos a residências, comércio e cargas na Grande Vitória e no interior do Estado, se passando como policiais. Em um dos assaltos, eles usaram camisas com identificação da Polícia Civil.

Um dos chefes da associação criminosa foi preso nesta quinta-feira (7). Alexandre Santos de Sá, 49 anos, é ex-agente penitenciário e apontado como o articulador dos crimes. Segundo a polícia, ele possui duas passagens por extorsão. Os outros presos são André Araújo Vilaça Denaday, de 22 anos, preso em flagrante no dia 29 de outubro; Bruno Batista Araújo, de 30 anos, preso no dia 1 de novembro; e Thomas Grigorio, 27, preso no dia 2 de novembro.

De acordo com as investigações, os membros do grupo tiveram participação em assaltos a residências nos bairros Vila Capixaba, em Cariacica, no dia 21 de outubro; e Castelo Branco, também em Cariacica, no dia 28 de outubro. Em um deles, foi levada uma quantia de R$ 50 mil. 

A Polícia divulgou um vídeo gravado no dia do assalto em Vila Capixaba, que mostra suspeitos utilizando uma camisa com identificação da Polícia Civil.

Segundo a Polícia, o grupo também é investigado por participação em um roubo de armas na casa de um colecionador no bairro Santa Inês, Vila Velha, no primeiro semestre deste ano, e foram reconhecidos como autores de um roubo em um sítio em Santa Leopoldina, na região serrana do Estado.

O delegado Gianno Trindade, titular da Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial, explica que eles utilizaram camisas que seriam de um sindicato da Polícia Civil, e não oficialmente do órgão. O delegado falou também sobre como a quadrilha agia nos roubos.

"No crime do dia 21 de outubro, eles utilizaram camisas que foram confeccionadas por um sindicato da Polícia Civil. Não é oficial, mas tem a inscrição da Polícia Civil, o que nos preocupa. E chegam de uma forma procedimental parecida com a que a Polícia chega, o que faz com que as vítimas baixem a guarda e permitem que os indivíduos entrem na casa. Após entrarem se mostram violentos e anunciam o assalto".

Sobre os episódios de violência, o delegado relata agressões físicas às vitimas. "No roubo a uma residência no primeiro semestre, nos autos, existe a narração de que o Alexandre utilizou de uma gravata para imobilizar uma das vítimas, um treinamento que ele tem específico como agente penitenciário. No último roubo a residencia do dia 28 de outubro, uma vítima foi agredida com um soco no olho e uma arma de fogo foi apontada para a cabeça de uma criança de 9 anos", disse.

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De acordo com a polícia, outras pessoas são investigadas por participação nos crimes. Os suspeitos já presos vão responder por roubo e associação criminosa.

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