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Polícia ainda não tem motivação dos assassinatos de irmãos em Vitória

Polícia ainda não tem motivação dos assassinatos de irmãos em Vitória

O delegado Marcus Vinícius afirmou que ainda não é possível dizer a motivação do crime e que nenhum detalhe será repassado para não atrapalhar as investigações

Publicado em 26 de março de 2018 às 20:00

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Ruan Reis (à esquerda) e Damião Reis (à direita): irmãos mortos na madrugada deste domingo com mais de 20 tiros cada. (Reprodução/Facebook)

A Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vitória informou na tarde desta segunda-feira (26) que está investigando a morte dos dois irmãos, Damião Marcos Reis, de 22 anos, e Ruan Reis, de 19 anos, que foram executados no Morro da Piedade, em Vitória, no último domingo (25).

Segundo o delegado Marcus Vinicius Rodrigues, ainda não é possível dizer a motivação do crime. Detalhes não serão repassados , pois ele acredita que isso pode atrapalhar o trabalho da polícia.


DENÚNCIA

Em entrevista ao Gazeta Online, um morador contou que cinco famílias já foram expulsas do morro por pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Marcus Vinícius afirma que não tem nenhum conhecimento sobres os crimes praticados na região. O delegado reforçou que é importante que os moradores denunciem no 181 ou compareçam à delegacia.

O CASO

Dois irmãos de 19 e 22 anos foram assassinados na madrugada de domingo (25) no Morro da Piedade, no Centro de Vitória, onde moravam. O caso aconteceu por volta de 0h50, quando quatro homens armados, sendo dois com touca ninja e colete, invadiram o quintal da casa dos dois irmãos perguntando "cadê o patrão".

Ruan Reis, 19 anos, respondeu que não sabia quem eles estavam procurando e tentou conversar. Os criminosos, que simulavam ser policiais pelo linguajar, disseram que o jovem deveria sair com eles para conversar e ser revistado. Ruan obedeceu a ordem e saiu com eles de casa.

Ao perceber que o irmão foi abordado, o pedreiro Damião Marcos Reis, de 22 anos, que fazia trabalhos sociais dando aulas de capoeira no Morro da Piedade e era passista da escola de samba Piedade, foi atrás do grupo pedindo que não levassem o irmão. Nesse momento, Damião foi surpreendido por vários disparos.

De acordo com a polícia, foram mais de 60 disparos. A perícia encontrou 22 perfurações no corpo de Ruan e 20 no corpo de Damião. No local foram encontradas mais de 60 cápsulas de calibre 380, .40 e 9mm.

A mãe das vítimas, visivelmente abalada, precisou ser amparada e socorrida para o Pronto-Atendimento da Praia do Suá por parentes e amigos. A família, com muito medo, não quis dar entrevista.

Amigos, que preferiram não se identificar, disseram que os dois irmãos eram boas pessoas, conhecidas pelos projetos sociais e também pela escola de samba. Eles classificaram o crime como "covardia" e não entendem o motivo.

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