Sete anos depois, a Polícia Federal do Espírito Santo (PF-ES) conseguiu identificar o grupo responsável por transportar cocaína, por helicóptero, do Paraguai para o Estado. O caso ficou nacionalmente conhecido em 2013, quando um helicóptero com 445 kg de cocaína, pousou em uma fazenda no município Afonso Cláudio, na região Serrana capixaba.
Na manhã desta sexta-feira (4), a PF deflagrou a Operação Hélice, com o objetivo combater o tráfico internacional de drogas e dar cumprimento a três mandados de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Paraná e Paraíba, além de quatro mandados de busca e apreensão. As prisões estão relacionadas ao episódio ocorrido no Estado em 2013.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Vitória e a operação contou com a participação de 16 dezesseis policiais federais.
A operação deflagrada na manhã desta sexta-feira é um desmembramento do inquérito relativo à prisão em flagrante ocorrida em 24 de novembro de 2013, que resultou na apreensão de 445 kg de cocaína, no município Afonso Cláudio, transportados por helicóptero do Paraguai até o Espírito Santo.
"Após exaustivas investigações ao longo dos anos, finalmente foi possível identificar todo o grupo responsável pela logística e financiamento daquela ação ilícita, concluindo em definitivo o caso", diz a nota da PF.
Os investigados vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Por se tratar de tráfico internacional, a pena é aumentada e pode chegar a 25 anos de reclusão.
Alexandre José de Oliveira Júnior, Rogério Almeida Antunes, Everaldo Lopes Souza, Robson Ferreira Dias e Elio Rodrigues foram presos em flagrante ao pousar um helicóptero com 445 quilos de cocaína, em 2013, no distrito de São Domingos, a 20 quilômetros do centro de Afonso Cláudio. O helicóptero pertencia ao ex-deputado estadual mineiro Gustavo Perrella.
A prisão dos réus em 2013 foi feita pela Polícia Militar, numa ação coordenada pela Polícia Federal que repassou à PM as informações sobre a chegada do helicóptero numa fazenda localizada próximo a Afonso Cláudio.
O piloto da aeronave, Rogério Almeida Antunes, foi condenado a dez anos e quatro meses de reclusão em regime fechado, além de 1.032 multas diárias de R$ 25. O copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior foi condenado a dez anos e quatro meses em regime fechado, além de 1.032 multas diárias de R$ 100.
Apontado como interceptador da droga, Everaldo Lopes Souza foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão em regime fechado e 932 multas diárias de R$ 40. Outro condenado, também apontado como interceptador, Robson Ferreira Dias, vai responder a oito anos e oito meses de reclusão em regime fechado, além de 864 multas diárias de R$ 50.
Já o dono da fazenda, Elio Rodrigues, foi condenado a dez anos e oito meses de reclusão em regime fechado, além de multa de R$ 150 por 1066 dias.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta