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Empresário preso no ES: fiança não tem relação com crimes de estupro

Empresário preso no ES: fiança não tem relação com crimes de estupro

Além de estupro, Glaupiherle foi preso em flagrante com uma moto roubada e pássaros silvestres dentro de casa. Para estes crimes- ambiental e de receptação- foi arbitrada uma fiança de R$ 7 mil, segundo advogado de defesa

Publicado em 26 de outubro de 2019 às 12:35

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Glaupiherle é suspeito de cometer oito estupros na Grande Vitória. (Reprodução Facebook)

Após a prisão do suspeito de estuprar pelo menos oito mulheres na Grande Vitória, informações de que o microempresário Glaupiherle Grasihelo Rocha, 36, teria pago uma fiança no valor de R$ 7 mil e sido liberado foram divulgadas em redes sociais. A notícia, contudo, é falsa. Uma fiança chegou a ser estipulada, porém referente a outros crimes, pelos quais Glaupiherle foi preso em flagrante. Ele porém não pagou o valor, segundo a defesa.  Mesmo se pagar, ele não será solto pelo crime de estupro. Até o início da tarde deste sábado (26), ele continuava preso, segundo  confirmou a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).

A confusão surgiu porque Glaupiherle foi preso por mais de um crime. No caso do estupro, havia um mandado de prisão temporária contra ele, que é quando o juiz decreta que um suspeito seja preso até que as investigações sejam concluídas. Este tipo de prisão tem prazo de cinco dias e pode ser renovado por mais cinco dias. Mandados de prisão não cabem fiança.

Na manhã de quinta-feira (24), ao cumprir o mandado de prisão na casa do microempresário, em Cariacica, a polícia encontrou 15 pássaros silvestres mantidos em gaiola e uma moto com placa adulterada. Por causa disso, Glaupiherle também foi preso por crime ambiental e receptação.

"Durante o cumprimento de uma prisão temporária ou prisão preventiva, pode acontecer dos policiais encontrarem a pessoa detida numa situação de flagrante, como por exemplo, posse de drogas para venda, posse ilegal de arma de fogo, objetos furtados. Nesse caso, além da prisão decretada judicialmente, a autoridade pode declarar  a prisão em flagrante", explica o advogado criminalista Fabrício Campos. 

FIANÇA

Em situações de flagrante, suspeitos são encaminhados para audiências de custódia, onde o juiz analisa se a prisão foi feita de forma correta e se cabe ou não fiança. No caso de Glaupiherle, em que o juiz considerava os crimes de receptação e ambiental, foi estipulado o valor R$ 7 mil para que o microempresário respondesse em liberdade, segundo o advogado de defesa Hugo Weyn. O suspeito optou por não pagar. Porém, mesmo se tivesse pago a fiança, ele não teria sido solto, como esclarece Fabrício Campos.

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"O fato de ter um flagrante que cabe fiança e poderia ter sido pago, não impede o cumprimento do mandado de prisão decretado por outra razão e o investigado continua preso. Neste caso, ele vai responder tanto pelo estupro quanto pela receptação e pelo crime ambiental", finalizou.

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