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Após roubo de R$ 400 mil no ES, bandidos ainda não foram localizados

Após roubo de R$ 400 mil no ES, bandidos ainda não foram localizados

O assalto aos vigilantes do carro-forte aconteceu dentro do Shopping Vila Velha, na manhã da última terça-feira (15) quando os funcionários seguiam aos caixas eletrônicos

Publicado em 17 de maio de 2018 às 00:28

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Carro da equipe da perícia da Polícia Civil no estacionamento do Shopping Vila Velha após assalto. (Gazeta Online)

Os criminosos que roubaram R$ 400 mil em apenas poucos minutos durante um assalto no Shopping Vila Velha, em Divino Espírito Santo, na manhã de terça-feira (15), ainda não foram encontrados pela polícia. O crime aconteceu por volta 8 horas quando três bandidos armados invadiram o local, renderam vigilantes de um carro-forte e roubaram os malotes de dinheiro que seriam usados para abastecer os caixas eletrônicos do shopping.

A polícia e o shopping não informaram como os bandidos entraram no local sem levantar suspeitas. Mas, segundo testemunhas, eles teriam invadido o shopping por uma rua de acesso, que fica perto de uma faculdade e usavam uniformes de técnicos em manutenção e chegaram em um carro.

Três funcionários da TBForte estacionaram o carro-forte,  e como de praxe, seguiram em fila indiana. O chefe da equipe, que era quem levava os malotes, ficou no meio da fila, enquanto os dois funcionários davam apoio na frente e atrás. Já no interior do estabelecimento, os três criminosos, que estavam armados, abordaram o funcionário de apoio que estava na frente da fila indiana, colocando uma arma na cabeça dele.

O chefe da equipe que estava logo atrás chegou a sacar a arma, mas os bandidos ameaçaram atirar no colega rendido. O chefe da equipe decidiu não agir, mas mesmo assim foi agredido com coronhadas. Enquanto isso, o funcionário de apoio que estava no fim da fila conseguiu fugir.

Os três bandidos obrigaram os dois funcionários a deitarem no chão e recolheram as bolsas contendo R$ 400 mil, além dos dois revólveres calibre 38 das vítimas, 18 munições de calibre 38 e 27 de calibre 12.

Depois, os criminosos fugiram descendo as escadas rolantes e entraram em um Honda Fit prata, que estaria dentro do estacionamento do shopping. Na fuga, como os portões de uma das cancelas ainda estavam fechados, os bandidos jogaram o carro contra as grades para escapar.

Procurado na tarde desta quarta-feira (16), o titular da Delegacia de Roubo a Banco, delegado Nilton Abdalla, afirmou que não faria do caso por enquanto para não atrapalhar as investigações, mas garantiu que nenhum bandido foi detido por enquanto. 

No dia do crime, o Sindicato dos Trabalhadores Vigilantes de Carro Forte, Guarda, Transporte de Valores, Escolta Armada e Tesouraria do Estado do Espírito Santo (Sindfortes), chegou a afirmar que houve uma deficiência na segurança do Shopping Vila Velha. Procurado novamente, Wilson Damascena, presidente do Sindfortes, disse que espera que imagens das últimas semanas do shopping sejam analisadas.

"O Shopping afirmou em entrevistas que conta com sistema de segurança de alta tecnologia. Esperamos que usem essa tecnologia para identificar os assaltantes. Porque eles não acordaram um belo e decidiram assaltar o carro-forte. Os bandidos estudaram o local e transitaram sem serem questionados. Eles conseguiram uniformes e capacetes para passarem por trabalhadores. É preciso uma varredura maior no acesso ao shopping, em especial no horário em que ele está fechado, apenas com a academia aberta, que foi quando tudo aconteceu", acredita. 

Denúncias podem ser feitas pelo Disque-Denúncia, através do número 181. O sigilo é garantido. 

Damascena completou que os funcionários rendidos estão com o psicológico abalado. Eles foram afastados do cargo para recuperação e para que fosse uma sindicância interna na TBForte.

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"Claro que essa situação mexe com o psicológico dos trabalhadores de transporte de valores. Eles não são soldados do exército que possuem, no mínimo, um treinamento de um ano. Eles são civis comuns, recebem treinamento básico na escola e não estão prontos para esse tipo de pressão, nem mesmo como seres humanos.  Um deles teve uma arma contra a cabeça. Se um balde caísse no chão naquele momento o bandido poderia atirar. Eles estão abalados, mas bem, na medida do possível. Como de costume nesses casos de assalto, a empresa afastou os trabalhadores pelo abalo emocional e também para abrir uma sindicância interna para apurar fatos com polícia", explicou. 

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