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'Justiceiros do Transcol' são soltos após cancelamento de julgamento

'Justiceiros do Transcol' são soltos após cancelamento de julgamento

Dupla foi presa em 2015 acusada de matar um jovem que havia pulado a roleta de um Transcol

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 00:09

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Charlivan, 17 anos, foi morto com um tiro após pular roleta em 2015. (Arquivo | Gazeta Online)

Dois amigos acusados de matar o adolescente Charlivan Neris Silva, 17, dentro de um ônibus do Transcol,  quando o menor pulava a roleta, ganharam a liberdade após a audiência de julgamento do crime ser cancelada. Desde de maio de 2015, data do crime, Lucas Marcos Lima Cândido, 22 anos, e Igor França dos Santos, 23, estavam presos acusados de agirem como "Justiceiros do Transcol", como ficaram conhecidos. 

Na época, as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra levantaram que Lucas, Igor e mais dois adolescentes se reuniam nas noites de sextas e sábados para repreender supostos criminosos dentro do coletivo ou passageiros que pulavam a roleta. Os encontros do grupo eram marcados via aplicativo de mensagens e os integrantes usavam cassetetes, arma de choques, armas de brinquedo e até arma falsa.

No dia da morte de Charlivan, o grupo agrediu o rapaz e os amigos dele, após exigirem que o motorista da linha 832 (terminal de Laranjeiras - Vila Nova de Colares) apagasse as luzes. Logo depois, o motorista parou o coletivo e abriu a porta.

Um dos amigos de Charlivan tentou escapar dos choques e agressões que sofria. Ele correu e foi alvo de um tiro de raspão na cabeça. Em meio à confusão provocada pelo disparo, os demais tentaram correr, mas um deles, um adolescente de 16 anos, foi agarrado por Igor. Charlivan tentou ajudar o amigo e deu um soco em Igor, que revidou com um tiro no peito.

Dois cassetetes usados pelos justiceiros nas ações em ônibus. (Marcos Fernandez | Arquivo | GZ)

Lucas e Igor foram presos menos de um mês depois do crime. A audiência de julgamento estava marcada para o último dia 19 de novembro. Porém, a juíza Daniela Pellegrino de Freitas decretou o cancelamento da sessão de julgamento. No procedimento, ela alegou “para fins de adequação da pauta”. A assessoria do Tribunal de Justiça explicou que isso é uma reorganização da pauta dos julgamento do dia da Vara.

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Desde então, não há nova data para que o julgamento ocorra e, na última sexta-feira (30), os dois réus passaram a responder pelo crime em liberdade. 

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