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Tragédia em Linhares: pastora Juliana chora muito durante depoimentos

Tragédia em Linhares: pastora Juliana chora muito durante depoimentos

Na parte da manhã, quatro testemunhas foram ouvidas, entre elas um sargento do Corpo de Bombeiros que esteve no local do incêndio logo após a tragédia

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 18:18

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George Alves e Juliana Salles retornam para audiência de instrução após parada para almoço . (Raphael Verly/TV Gazeta Norte)

A mãe da pastora Juliana Pereira Salles Alves é ouvida na tarde desta terça-feira (23) durante a audiência sobre as mortes dos irmãos Kauã e Joaquim. Aparecida Pereira é uma das 16 testemunhas que foram intimadas para depor no Fórum de Linhares. 

De acordo com fontes que acompanham a audiência, Juliana chora bastante durante os depoimentos, mas se mantém de cabeça erguida. Já seu marido, o pastor Georgeval Alves Gonçalves, fica de cabeça baixa por todo o tempo.

Na parte da manhã, quatro testemunhas foram ouvidas, entre elas um sargento do Corpo de Bombeiros que esteve no local do incêndio logo após a tragédia, que prestou depoimento por 40 minutos, e um investigador da Polícia Civil, que falou por cerca de 1h30.

O policial teve que responder perguntas sobre o comportamento de George no dia do crime e também a forma que ele agiu após as mortes de Kauã e Joaquim, se condizia com uma pessoa que acabava de perder o filho e o enteado.

A audiência deve terminar ainda nesta terça-feira, por causa da logística para trazer Juliana e George dos presídios da Grande Vitória, onde estão presos. Todas as 16 testemunhas de acusação que foram intimadas devem ser ouvidas durante todo o dia e a sessão não tem hora para acabar.

Os delegados que fizeram parte da força-tarefa que investigou o crime devem ser ouvidos pela Justiça em outro momento. 

A MANHÃ DE AUDIÊNCIA

Pastor George Alves saindo do fórum em Linhares. (TV Gazeta)

Os pastores Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Pereira Salles Alves chegaram juntos, por volta das 8h30, à audiência de instrução e julgamento marcada pela Justiça para esta terça-feira (23), em Linhares, região Norte do Estado. A TV Gazeta registrou o pastor George andando algemado de uma sala para outra dentro do fórum. Assista ao vídeo:

CHEGADA

Juliana e o Georgeval chegaram ao local em uma van do sistema penitenciário. Mas um compartimento separava os dois dentro do veículo. Primeiro ele desceu do carro. Em seguida, foi a vez de Juliana. 

É a primeira vez que o casal fica tão perto após ser acusado pelas mortes de Joaquim Salles Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos. George é pai de Joaquim e padrasto de Kauã. Juliana é mãe dos dois meninos, que morreram na madrugada do dia 21 de abril deste ano na casa onde moravam com a mãe e o pastor, no Centro do município. Assista ao vídeo abaixo:

ALMOÇO

Os pastores Georgeval Alves e Juliana Salles retornaram para a sala de audiência por volta das 14 horas, após pausa para o almoço de 13h20 às 14h. A audiência de instrução seguirá durante a tarde e não tem hora para terminar. Até o começo da tarde, apenas quatro das 16 testemunhas foram ouvidas. Juliana, mãe dos irmãos Joaquim e Kauã, chorou bastante durante a manhã.

ESQUEMA DE SEGURANÇA

Um forte esquema de segurança foi preparado para receber os réus. O capitão Nunes, do 12º Batalhão da Polícia Militar em Linhares, informou que 15 militares da Força Tática farão a segurança na área externa do fórum e três policiais da reserva foram requisitados pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES) para ficar na área interna.

ADVOGADOS DO CASAL 

Os representantes do casal também estão no fórum. Na entrada, a advogada Milena Freire disse que não iria comentar nada antes da audiência e que tem uma expectativa muito grande para o dia de hoje. Quando questionada se sabia se o casal viria para o fórum, ela disse que os dois não tinham escolha, pois foram requisitados pela Justiça.

SARGENTO DOS BOMBEIROS

O sargento Paulo Roberto, que coordenou a equipe de bombeiros no dia do incêndio, falou com a reportagem. Veja ao vídeo abaixo: 

CLEMILDA PARTICIPA DE PROTESTO

A mãe da menina Thayná, a vendedora Clemilda de Jesus, foi até Linhares para participar de um protesto em frente ao fórum junto com a família paterna do menino Kauã. Veja a entrevista dela no vídeo:

PRIMEIRA AUDIÊNCIA 

A primeira audiência do caso aconteceu no dia 10 de outubro, na 1ª Vara Criminal de Vitória, onde foram ouvidos o pai de Kauã, Rainy Butkovsky, a avó paterna do menino, Marlúcia Butkovsky, peritos e investigadores do caso.

MUDANÇA DE PROMOTOR

A promotora Rachel Tannenbaum, da 2ª Promotoria Criminal de Linhares, que conduziu as investigações finais que levaram à denúncia e a prisão da pastora Juliana Salles, informou à reportagem que não está mais a frente do caso e um novo promotor já foi designado.

PRISÃO

Georgeval Alves, conhecido como pastor George, está preso desde o dia 28 de abril, acusado de estuprar e agredir o enteado Kauã e o filho Joaquim e depois ter colocado fogo nas crianças ainda vivas. Ele está no Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Grande Vitória.

Já a pastora Juliana Salles foi presa em Teófilo Otoni, Minas Gerais, em 19 de junho, após denúncia do Ministério Público de conduta omissiva que culminou na morte das crianças. Ela foi transferida do presídio de Teófilo Otoni no dia 14 de julho para o Centro Prisional Feminino de Cariacica.

TESTEMUNHAS

O Ministério Público Estadual arrolou 36 testemunhas de acusação no processo. Dezoito testemunhas estavam previstas para serem ouvidas no Fórum de Linhares. As demais, seriam ouvidas em outra audiência, em data ainda a ser definida pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares, André Dadalto.

De acordo com o TJES, na audiência agendada para esta terça-feira (23) serão ouvidas aproximadamente 16 testemunhas de acusação. A presença dos acusados foi requisitada à Sejus, que é responsável pela segurança dos réus.

QUEM PARTICIPA

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Como o processo está em segredo de Justiça, a audiência não é aberta ao público.

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