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Tragédia em Linhares: pai e mãe de pastora prestam depoimento

Tragédia em Linhares: pai e mãe de pastora prestam depoimento

A audiência de instrução e julgamento marcada pela Justiça acontece nesta terça-feira (23), em Linhares, região Norte do Estado

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 19:24

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Na saída do fórum, a avó paterna do Kauã, Marlúcia Butkovsky Loureiro, foi falar com até o pai da Juliana, Wagnel Salles, e deu um abraço nele. (Reprodução)

O pai e a mãe da pastora Juliana Pereira Salles Alves prestaram depoimento no início da tarde desta terça-feira (23), em que acontece a sessão em que 16 testemunhas vão falar sobre o caso em que resultou na morte dos irmãos Joaquim Sallves Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky.

Juliana é mãe dos dois meninos, que morreram na madrugada do dia 21 de abril deste ano na casa onde moravam com ela e com o pastor Georgeval Alves, acusado pelo crime, em Linhares.

Na saída do fórum, a avó paterna do Kauã, Marlúcia Butkovsky Loureiro, foi falar até o pai da Juliana, Wagnel Salles, e o cumprimentou.

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A AUDIÊNCIA

Os pastores Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Pereira Salles Alves chegaram juntos, por volta das 8h30, à audiência de instrução e julgamento marcada pela Justiça para esta terça-feira (23), em Linhares, região Norte do Estado. A sessão acontece no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, no bairro Três Barras. A TV Gazeta registrou o pastor George andando algemado de uma sala para outra dentro do fórum.

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CHEGADA

Juliana e o Georgeval chegaram ao local em uma van do sistema penitenciário. Mas um compartimento separava os dois dentro do veículo. Primeiro ele desceu do carro. Em seguida, foi a vez de Juliana. 

É a primeira vez que o casal fica tão perto após ser acusado pelas mortes de Joaquim Salles Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos. George é pai de Joaquim e padrasto de Kauã. Juliana é mãe dos dois meninos, que morreram na madrugada do dia 21 de abril deste ano na casa onde moravam com a mãe e o pastor, no Centro do município. 

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ALMOÇO

Os pastores Georgeval Alves e Juliana Salles retornaram para a sala de audiência por volta das 14 horas, após pausa para o almoço de 13h20 às 14h. A audiência de instrução seguirá durante a tarde e não tem hora para terminar. Até o começo da tarde, apenas quatro das 16 testemunhas foram ouvidas. Juliana, mãe dos irmãos Joaquim e Kauã, chorou bastante durante a manhã.

ESQUEMA DE SEGURANÇA

Um forte esquema de segurança foi preparado para receber os réus. O capitão Nunes, do 12º Batalhão da Polícia Militar em Linhares, informou que 15 militares da Força Tática farão a segurança na área externa do fórum e três policiais da reserva foram requisitados pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES) para ficar na área interna.

ADVOGADOS DO CASAL 

Os representantes do casal também estão no fórum. Na entrada, a advogada Milena Freire disse que não iria comentar nada antes da audiência e que tem uma expectativa muito grande para o dia de hoje. Quando questionada se sabia se o casal viria para o fórum, ela disse que os dois não tinham escolha, pois foram requisitados pela Justiça.

SARGENTO DOS BOMBEIROS

O sargento Paulo Roberto, que coordenou a equipe de bombeiros no dia do incêndio, falou com a reportagem. 

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CLEMILDA PARTICIPA DE PROTESTO

A mãe da menina Thayná, a vendedora Clemilda de Jesus, foi até Linhares para participar de um protesto em frente ao fórum junto com a família paterna do menino Kauã. Veja a entrevista dela no vídeo:

PRIMEIRA AUDIÊNCIA 

A primeira audiência do caso aconteceu no dia 10 de outubro, na 1ª Vara Criminal de Vitória, onde foram ouvidos o pai de Kauã, Rainy Butkovsky, a avó paterna do menino, Marlúcia Butkovsky, peritos e investigadores do caso.

MUDANÇA DE PROMOTOR

A promotora Rachel Tannenbaum, da 2ª Promotoria Criminal de Linhares, que conduziu as investigações finais que levaram à denúncia e a prisão da pastora Juliana Salles, informou à reportagem que não está mais a frente do caso e um novo promotor já foi designado.

PRISÃO

Georgeval Alves, conhecido como pastor George, está preso desde o dia 28 de abril, acusado de estuprar e agredir o enteado Kauã e o filho Joaquim e depois ter colocado fogo nas crianças ainda vivas. Ele está no Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Grande Vitória.

Já a pastora Juliana Salles foi presa em Teófilo Otoni, Minas Gerais, em 19 de junho, após denúncia do Ministério Público de conduta omissiva que culminou na morte das crianças. Ela foi transferida do presídio de Teófilo Otoni no dia 14 de julho para o Centro Prisional Feminino de Cariacica.

TESTEMUNHAS

O Ministério Público Estadual arrolou 36 testemunhas de acusação no processo. Dezoito testemunhas estavam previstas para serem ouvidas no Fórum de Linhares. As demais, seriam ouvidas em outra audiência, em data ainda a ser definida pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares, André Dadalto.

De acordo com o TJES, na audiência agendada para esta terça-feira (23) serão ouvidas aproximadamente 16 testemunhas de acusação. A presença dos acusados foi requisitada à Sejus, que é responsável pela segurança dos réus.

QUEM PODE PARTICIPAR

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Como o processo está em segredo de Justiça, a audiência não é aberta ao público.

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