Pescadores impactados pela lama de rejeitos de minério da Samarco, que invadiu o Rio Doce, realizam uma manifestação em frente a sede da Fundação Renova em Linhares, região Norte do Estado, na manhã desta terça-feira (04). O motivo do protesto seria a falta de pagamento do auxílio financeiro e da indenização aos manifestantes, que não podem mais pescar no rio.
Cerca de 50 pescadores estavam no local. Eles fecharam a avenida Nogueira da Gama, no Centro, durante o protesto. A pescadora Eliana Nunes, da localidade de Bebedouro, afirmou que seu auxílio financeiro está atrasado. Estamos a mercê, quase passando fome. Meu dinheiro do auxílio não caiu na conta esse mês, afirmou.
Representantes das comunidades estão na sede da Renova em reunião com representantes da fundação para chegar a um acordo. Os pescadores afirmam que só vão embora após um acordo com a Renova.
Já a pescadora Luana Rocha, de Patrimônio da Lagoa, disse que os pescadores da localidade ainda não receberam a indenização. Eles não querem pagar a indenização para os pescadores de Patrimônio da Lagoa. E o que recebe no cartão de auxílio financeiro deram 45 dias para cair na conta, mas esses 45 dias passaram há muito tempo, explicou.
O QUE DIZ A RENOVA
Procurada, a Fundação Renova informou que cerca de sete mil pescadores do Espírito Santo e em Minas Gerais já foram reconhecidos como tendo direito ao auxílio financeiro emergencial (AFE) e ao Programa de Indenização Mediada (PIM). Ao todo, foram desembolsados R$ 580 milhões entre indenizações e auxílio financeiro para esta categoria, diz a nota.
Ainda de acordo com a fundação, 3.800 pescadores do Espírito Santo já foram contemplados. Foram pagos R$ 202 milhões de auxílio financeiro emergencial e R$ 143 milhões de indenizações.
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