Clemilda Aparecida de Jesus, mãe da menina Thayná Andressa de Jesus Prado, de 12 anos, que foi sequestrada, estuprada e morta no final do ano passado, em Viana, participa de um protesto, na manhã desta terça-feira (23), na porta do Fórum de Linhares, onde acontece uma audiência com os pastores Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Pereira Salles, acusados pelas mortes de Joaquim Salles Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos.
A mãe de Thayná protesta junto à família do pai de Kauã, Rainy Butkovsky. Juliana é mãe das crianças. Georgeval é pai de Joaquim e padrasto de Kauã. Os irmãos foram estuprados, agredidos e depois queimados por Georgeval na madrugada do dia 21 de abril deste ano.
"O objetivo é mostra que a sociedade quer respostas. Assim como hoje eu sinto a dor da minha filha e o Rainy sente a dor do filho dele, não queremos que outras mães e outros pais passem por isso. Nosso intuito hoje é mostrar que a gente se uniu e juntos somos mais fortes. Pode ser que amanhã ou depois a gente consiga leis mais severas para que esses monstros não voltem mais para a sociedade", disse Clemilda, na porta do fórum.
AUDIÊNCIA
Os pastores Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Pereira Salles Alves chegaram juntos, por volta das 8h30, à audiência de instrução e julgamento marcada pela Justiça para esta terça-feira (23), em Linhares, região Norte do Estado. A sessão é realizada no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, no bairro Três Barras.
Juliana e o Georgeval chegaram ao local em uma van do sistema penitenciário. Mas um compartimento separava os dois dentro do veículo.
CASO THAYNÁ
A menina Thayná foi sequestrada no dia 17 de outubro de 2017, em Universal, Viana. Após a divulgação do vídeo do sequestro, Ademir Lúcio Ferreira, 55, foi reconhecido e o carro usado no crime foi localizado em Guarapari no dia 7 de novembro. No dia 10, uma ossada de criança e roupas foram encontrados em um matagal, em Viana. Um DNA provou que o corpo era de Thayná. Ademir foi preso em Porto Alegre no dia 13. Ele é acusado de estuprar e matar a menina.
Em abril deste ano, Ademir foi condenado a 34 anos de prisão pelo crime de estupro praticado contra uma menina de 11 anos, três dias antes da morte de Thayná.
Segundo a Polícia Civil, Ademir abordou a menina oferecendo uma carona e a levou a para um depósito de material de construção, onde a estuprou dentro do carro. Após o crime, ela foi abandonada no meio da rua e precisou ser hospitalizada.
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