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Começa julgamento do ex-PM pela morte de duas jovens por homofobia em Linhares

Começa julgamento do ex-PM pela morte de duas jovens por homofobia em Linhares

Familiares das vítimas querem justiça e não acreditam que homofobia seja a causa para a prática do crime, como aponta a polícia

Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 14:14

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Familiares e amigos se concentram em frente ao Tribunal do Jurí em Linhares . (Erika Carvalho/TV Gazeta Norte)

Começou a ser julgado, na manhã desta terça-feira (10), o ex-policial Militar Roberto Luiz Pavani, acusado de assassinar as jovens Emilly Martins Pereira, de 21 anos, e Meiryhellen Bandeira, de 28 , na noite do dia 21 de setembro de 2017, em Linhares, no Norte do Espírito Santo. O julgamento acontece no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, no bairro Três Barras, mesmo município,

MOTIVAÇÃO

Segundo a Justiça, a motivação do crime seria homofobia. Roberto está sendo submetido ao Tribunal Popular do Júri, que vai decidir se ele é culpado ou não pelos crimes. A sessão de julgamento foi marcada no dia 25 de setembro deste ano. Um dia depois, o juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, analisou o pedido feito pela defesa para que fosse revogada a prisão preventiva do acusado. Na ocasião, o magistrado manteve a prisão de Roberto, que está recluso na Penitenciária de Segurança Média 1, em Viana.

No dia 20 de novembro de 2019, o magistrado atendeu um pedido feito pela defesa sobre o transporte do réu no dia do julgamento. O juiz analisou o requerimento e permitiu que Roberto seja “transportado de forma individual na viatura da SEJUS, por tratar-se de ser ex-policial militar, visando, portanto, a integridade física do acusado”.

Roberto Luiz Pavani, chegou ao tribunal de Juri, de Linhares, por volta das 9h desta terça-feira (10), em uma viatura prisional. Antes do início da sessão, familiares e amigos das vítimas se reuniram em frente ao Fórum e fizeram uma oração.

O julgamento começou com quase uma hora de atraso e deve se estender durante toda tarde desta terça-feira. O primeiro a ser ouvido foi o Delegado André Jareta, que esteve à frente do inquérito na época que o crime aconteceu.

O CRIME

As jovens Emilly Martins Pereira, de 21 anos, e Meiryhellen Bandeira, de 28 anos, foram baleadas na noite do dia 21 de setembro de 2017, por volta das 23h48min, na Rua Jânio Quadros, bairro Novo Horizonte, em Linhares.

Meiryhellen Bandeira e Emilly Martins Pereira foram mortas a tiros em Linhares. (Montagem | A Gazeta)

Meiryhellen morreu na hora. Já Emilly chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para um hospital particular, em estado grave. A jovem disse aos militares que o autor dos disparos teria sido um senhor de 50 a 60 anos.

Na época, a assessoria do hospital informou que Emilly deu entrada à 0h05 no local com bastante sangramento. Ela foi para o centro cirúrgico à 0h50, mas não resistiu aos ferimentos, que causaram uma grande lesão no fígado, e morreu na madrugada do dia 22 de setembro, às 2h.

No dia 6 de novembro de 2017, o juiz André Bijos Dadalto, responsável pelo caso, recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) contra Roberto Luis Pavani. Na decisão, o magistrado decretou a prisão preventiva do acusado e disse que trata-se de um crime gravíssimo e de extrema violência. A motivação, segundo ele, seria homofobia.

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Roberto Luiz Pavani, era vizinho de Emily, uma das vítimas e no dia 11 de outubro de 2017, ele foi à delegacia de Polícia Civil de Linhares, e confessou o crime. Apesar da suspeita da polícia de que a motivação para ele ter praticado o ato seja homofobia, a família diz desconhecer a real causa da morte das jovens. A família disse que só espera que a justiça seja feita.

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