Famílias que ocupavam um imóvel de uma escola desativada em Pinheiros, no Norte do Estado receberam uma ordem judicial, nesta quarta-feira (19), para que deixassem o local em até 24 horas.
Ao todo, onze pessoas de quatro famílias estavam no imóvel, que já abrigou uma escola, no bairro Pinheirinho, desde o dia 05 de dezembro.
Uma das famílias é de Uanderson de Souza, de 34 anos, que está desempregado e afirma que todos que estão no local foram para o imóvel com o consentimento de um funcionário da prefeitura.
Uma pessoa que trabalha na prefeitura afirmou que a gente poderia vir aqui e não teria problema nenhum. Eu, minha esposa e meu filho, não temos para onde ir e não sabemos o que fazer. Estou desempregado e não tenho condições de pagar um aluguel. As outras três famílias também estão na mesma situação, disse.
A procuradoria do município informou que ao tomar conhecimento da situação e por se tratar de imóvel público, procedeu o ajuizamento de ação de reintegração de posse, sendo a liminar deferida pelo Poder Judiciário, determinando a reintegração de posse em até 24 horas.
Quanto à alegação de autorização de ocupação do imóvel por parte da prefeitura, a procuradoria informou que a afirmação é inverídica, pois não foi dada autorização para ocupação do local.
Já o secretário de assistência social do município, Fábio Gonçalves de Sá, informou que o órgão ainda não foi notificado oficialmente para saber o número de pessoas no local e a situação em que se encontram.
Não fomos notificamos ainda, mas nesta quinta-feira (20), iremos visitá-los com uma equipe de assistentes sociais para analisar o perfil das famílias e fazer o acompanhamento deles, disse.
Sobre a possibilidade de oferecer um aluguel social às famílias, o secretário afirmou que os aluguéis que estavam disponíveis foram todos utilizados, mas irá providenciar o amparo às famílias que estão no local.
Estamos conversando para providenciar um aluguel social para eles e amanhã teremos uma resposta definitiva. Já usamos a cota dos oito alugueis sociais disponíveis por ano. Vamos tentar ainda este ano alojá-los, porque essa é uma situação atípica. Nossa proposta é fazer o possível para não desampará-los, garantiu.
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