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Capixaba faz rifa para manter tratamento do filho de 3 anos em SP

Capixaba faz rifa para manter tratamento do filho de 3 anos em SP

Com falência do único rim, o menino Brayan deve fazer diálise e entrar na fila de transplante; viagem à capital paulista será na próxima semana

Publicado em 24 de outubro de 2019 às 16:27

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Após atendimentos no ES, tratamento em São Paulo não tem data para acabar. (Acervo Pessoal)

Bastou 30 dias de vida para o pequeno Brayan passar pela primeira cirurgia. Agora, aos três anos, ele se prepara para desafios ainda maiores: a reconstituição da bexiga, as inúmeras sessões de diálise e a longa fila para transplante de órgão. Para tentar vencer todos eles, a mãe Layla Cristina Rosa Laia fez uma rifa, já que o filho será atendido no Hospital do Rim, que fica em São Paulo.

As passagens para a capital paulista já estão garantidas, graças ao Governo Estadual do Espírito Santo, que também liberará uma diária de R$ 78,80 a eles. No entanto, este valor está longe de ser o suficiente para mantê-los na cidade. “Acredito que esse dinheiro mal dê para almoçar e jantar. A rifa é para custear a estadia, já que não temos nenhum conhecido lá”, explicou Layla.

Como a viagem está marcada para a próxima terça-feira (29), o sorteio já acontecerá neste domingo (27). Ao todo, serão cinco ganhadores, que receberão como prêmios, respectivamente: uma cesta de chocolates, um liquidificador, uma batedeira, um secador de cabelo e uma sanduicheira. Todos doados por quem conheceu e se sensibilizou com a história dos dois.

TRÊS CIRURGIAS, OITO REMÉDIOS E UMA SONDA

O capixabinha Brayan nasceu no dia 24 de maio de 2016, ano marcado pelo auge da epidemia de zika no Brasil. Aos três meses de gestação, Layla descobriu que havia contraído o vírus e precisou acompanhar ainda mais de perto a gravidez. Em um dos ultrassons feitos, os médicos descobriram que um dos rins do feto tinha problemas de formação.

Brayan é o único filho de Layla Cristina Rosa Laia. (Acervo Pessoal)

Naquele momento, o outro rim parecia perfeito e a deformidade seria de fácil solução. Porém, depois do nascimento, uma nefrologista revelou que a história seria outra. “Na consulta, ela nos mandou direto para o hospital, porque o caso era muito grave e depois descobrimos que o segundo rim tinha vários tumores”, lembrou a mãe.

Com um mês de vida, então, Brayan precisou passar pela primeira cirurgia. “Os médicos fizeram um buraquinho na barriga pelo qual o xixi saía. Depois de sete meses, a bexiga dele atrofiou e ele passou por mais duas cirurgias”, contou Layla. Consequentemente, até hoje, o menino faz xixi apenas por sonda e demanda cuidados especiais.

Brayan já chegou a ficar oito meses hospitalizado por causa de uma infecção. (Acervo Pessoal)

Sem a filtração e absorção da água pelo rim, Brayan se desidrata facilmente e precisa beber muito líquido. Já em relação à comida, há restrições: não pode comer nenhum tipo de proteína. Isso sem contar o incômodo causado pela sonda e os oito remédios prescritos. De acordo com a mãe, os gastos chegam a cerca de R$ 600 por mês.

“Saber que com esses procedimentos em São Paulo tudo isso pode ser resolvido e que meu filho pode ter uma vida normal é um alívio. Mas, ao mesmo tempo, também sinto um desespero, porque pode dar tudo errado e enfrentarei tudo isso sozinha em um lugar complemente desconhecido”, disse Layla segurando o choro.

COMO AJUDAR

Como os dois moram em Colatina, as rifas estão sendo vendidas em dois locais da cidade: na loja Plena Pneus e na banca do Briel, ambas localizadas no Centro da cidade. O custo é de apenas R$ 10. Quem não vive na região, pode ajudar com depósitos na conta poupança de Layla. Anote os dados:  banco Caixa Econômica, agência 1540, e conta 00052717-4.

"Quem vê ele não pensa todas as dificuldades que nós enfrentamos", disse a mãe Layla. (Acervo Pessoal)

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