O Comitê Operativo de Emergência para o coronavírus da Ufes vai voltar a se reunir nesta segunda-feira (16) para avaliar quais medidas a Universidade adotará para prevenir e conter um possível avanço da doença. Após a confirmação do primeiro caso de transmissão local do coronavírus no Espírito Santo, neste sábado (14), o Comitê emitiu uma nota de recomendações ao reitor, Reinaldo Centoducatte.
Centoducatte afirmou que todos os pontos serão avaliados pela direção da Universidade. "Existe e a possibilidade de suspensão das atividades, mas ainda sem uma data definida. Segunda-feira o Comitê se reunirá novamente. Acompanharemos de perto toda a evolução da pandemia e, se necessário, poderemos suspender as atividades na Universidade", confirmou.
A nota de recomendações do Comitê propõe que todas as atividades presenciais de ensino da graduação e pós-graduação, de pesquisa e de extensão universitária e eventos sejam suspensos por 11 dias, do dia 18 de março (quarta-feira) a 29 (domingo). Haveria a possibilidade de prorrogação, a depender do cenário da pandemia ao final desse período.
Também ficariam suspensas as aulas do Centro de Educação Infantil da Ufes (Criarte), do dia 23 a 29 de março; a realização de sessões e reuniões presenciais, inclusive dos colegiados, conselhos e departamentos e a autorização de viagem e a concessão de diárias a professores, estudantes e servidores.
Para os servidores, ficaria autorizado o teletrabalho e o comitê recomendou que aqueles que retornarem de viagens internacionais de qualquer país, a serviço ou privadas, ainda que não apresentem sintomas associados ao coronavírus, passem a executar suas atividades remotamente durante sete dias corridos, contados da data do desembarque no Brasil. Já os servidores que apresentarem sintomas, devem ficar afastados por 14 dias. Também é recomendado o isolamento domiciliar.
Já os serviços do Hospital Universitário serão mantidos, e as medidas de precaução e de proteção para as equipes de saúde e usuários já foram definidas e estão sendo aplicadas.
O Comitê Operativo de emergência para o coronavírus da Ufes defende que essas medidas sejam adotadas por considerar a grande mobilidade dos membros de uma comunidade universitária, que inclusive se deslocam para o exterior e em viagens domésticas frequentes.
O grupo também compreende que o distanciamento social é a medida que até agora se mostrou mais eficiente para reduzir a velocidade de propagação do vírus nos países em que foi implementada, e considera que o aumento de casos é inevitável. Além disso, pontua que vários indivíduos infectados apresentam-se assintomáticos, o que significa dizer que o reduzido número de testes com resultado positivo não permite afirmar com segurança que o vírus tem presença irrelevante na comunidade.
"A mais eficiente medida é permanecer um passo à frente da epidemia, implementando com urgência medidas preventivas que possam evitar o aumento exponencial da contaminação. O avanço do vírus se faz em escala exponencial e rapidamente alcança regiões que não contavam com a presença de indivíduos contaminados, de modo que o fato de inexistirem em determinado momento um grande quantitativo de casos não implica na desnecessidade de adoção de medidas preventivas", diz um trecho da nota de recomendação.
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