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Prefeitura monitora caso de malária descoberto em Vila Velha

Prefeitura monitora caso de malária descoberto em Vila Velha

Para infectologista, não há razão para alarde já que o mosquito que transmite a malária não é comum nas áreas urbanas

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 23:34

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A Prefeitura de Vila Velha monitora o caso de uma idosa de 82 anos que está com malária. Ela veio de Vila Pavão, região Noroeste do Espírito Santo — que passa por um surto da doença — para visitar a filha que mora em Riviera da Barra. 

Embora não tenha contraído malária no município canela-verde, foi em Vila Velha que a idosa teve o diagnóstico da doença. Ela já chegou à cidade com sintomas característicos e foi diagnosticada pela equipe da vigilância epidemiológica. Uma outra pessoa, que voltou recentemente de uma viagem para Rondônia, também é monitorada. Foi feito um exame para detecção do plasmódio responsável pela malária, mas o teste deu negativo. Um segundo teste ainda será realizado e, se o resultado continuar negativo, o caso será descartado.

 

Segundo a prefeitura, não há registro de casos de malária autóctones no município, ou seja, todos os casos registrados são de pessoas que já estavam com o parasita quando chegaram à cidade. Eles são chamados de casos “importados”.

A confirmação de malária na paciente idosa aconteceu no dia 2 deste mês. Nas cidades de Vila Pavão e Barra de São Francisco, onde há o surto, número de casos chegou a 106 nesta quarta-feira (8).

SEM PÂNICO

Mosquito transmissor da malária. (Reprodução | Rede Amazônica)

Segundo o médico infectologista Reynaldo Dietze, a presença de uma pessoa com a doença na Grande Vitória não é motivo para alarde. Ele explica que o mosquito do gênero Anopheles, que transmite a doença, não é encontrado em áreas urbanas. "Só tem Anopheles na região rural. Assim, a chance de transmissão por aqui é muito pequena. O mosquito gosta de locais com rios e lagos, para se reproduzir. O que temos aqui é o culex (conhecido como pernilongo comum) e o Aedes aegypt."

O médico também explica que, com o diagnóstico precoce, a pessoa infectada não chega nem a transmitir o protozoário aos mosquitos e, portanto, não contribui para o avanço da doença. "A pessoa só chega a ter protozoário suficiente na corrente sanguínea cerca de 6 dias depois dos primeiros sintomas. Existe tratamento adequado para malária, o grande problema é não fazer o tratamento a tempo", esclarece.

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