Publicado em 1 de novembro de 2017 às 03:19
A menos de dois meses do verão, novembro começa com a Praia de Camburi sem quiosques em funcionamento. Isso porque a Prefeitura Municipal de Vitória despejou o concessionário dos quiosques K1 e K5, últimos ainda em operação na orla. O atual locatário questiona a atitude do Executivo.>
O secretário municipal de Turismo Trabalho e Renda da Prefeitura de Vitória, Leonardo Krohling, informou que os quiosques estão sendo desocupados devido à inadimplência do locatário. Desde 2013 ele não paga o aluguel ao executivo, segundo o secretário. No total são R$ 12 mil por quiosque, a cada mês>
Dessa forma, o K1, um dos principais points noturnos da Grande Vitória recebeu uma notificação da Prefeitura Municipal e precisaria ser devolvido até esta terça-feira (31). Já o quiosque da mesma rede, o K5 (Camburi Lounge), foi fechado na semana passada.>
Desde 2013 o locatário não pagava aluguel, estamos recuperando um bem público devido à inadimplência. Tiramos tudo no local e guardamos num depósito. O mesmo processo irá acontecer com o K1, a notificação é que permanecesse até ontem. Além do mais, o mesmo proprietário não pode ocupar dois pontos, diz.>
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DEFESA>
Segundo o locatário dos quiosques K1 e K5, Bruno Rosemberg, ele pagava em média R$ 22 mil por mês. No entanto, com a crise e a movimentação reduzida, ficou inviável pagar o aluguel e, ao mesmo tempo, manter 28 funcionários.>
Rosemberg assume que está inadimplente, mas estava tentando negociar o valor e entrou na Justiça para conseguir reduzir a quantia. Ele alega que toda a família ajuda nos quiosques e tira o sustento de lá, além de manter 28 funcionários dos quais 20 tiveram que ser dispensados.>
Ele disse que a prefeitura levou fiscais e agentes da Guarda Municipal às 5h da manhã do último dia 24 ao K5 e impediram os funcionários de trabalhar, recolhendo cadeiras e mesas do quiosques.>
Eu trabalho há seis anos nos dois quiosques para manter minha família, tenho filhos e tínhamos zelo pelo local. Agora, eles ficaram como todos os outros, como refúgio para pessoas em situação de rua. Durante o período, a prefeitura não deu assistência. Tivemos que funcionar sem alvará de funcionamento porque não liberavam um projeto sobre tubulação de gás para que nós pudéssemos nos adequar, lamenta.>
Festival para ocupar espaços em dezembro>
Um edital que está aberto pela Prefeitura Municipal de Vitória até dia 6 de novembro prevê a seleção de entidades sem fim lucrativos para realização do Festival Gastronômico de Verão nos quiosques 1 a 7 da praia de Camburi, no período de 1º de dezembro deste ano a 28 de fevereiro de 2018. Somente após o festival é que será aberto um edital para os novos locatários que irão gerir o local pelo resto do ano.>
A entidade vencedora não precisará pagar aluguel. Ela ficará responsável pela gestão do festival, através da gastronomia e apresentações culturais. A intenção é fomentar o turismo e transformar a orla de Camburi em ponto de atividades culturais e gastronômicas.>
"O grande objetivo é colocar os quiosques em uso da população e dos turistas com atividades gastronômicas, potencializando esses espaços da melhor maneira possível", apontou o secretário municipal de Turismo, Trabalho e Renda, Leonardo Krohling.>
Licitação com valores mais baixos em março>
O secretário de Turismo Trabalho e Renda da Prefeitura de Vitória, Leonardo Krohling, informou que um novo edital estará aberto para que os quiosques tenham novos locatários a partir do mês de março de 2018, após o encerramento do Festival de Verão, que ocorre de dezembro a fevereiro.>
Ele alega que os valores serão inferiores aos cobrados atualmente. Isso será possível porque a administração municipal agora administra suas praias sem a necessidade de pedir autorização da Secretaria de Patrimônio da União (SPU).>
É quase inviável manter um quiosque com valor mínimo de R$ 12 mil, como vinha ocorrendo com a cobrança feita pelo SPU. A prefeitura fará licitação com valor mínimo inferior, mas que ainda não foi estipulado por nós, comenta>
O secretário explica que será mais fácil manter locatários nos quiosque de Camburi, como acontece atualmente na Curva da Jurema, em que pessoa pode oferecer um lance para ocupar um local, como previsto no edital. Ele diz que lá há pontos sendo alugados por R$1,5 mil.>
O contrato da Curva da Jurema é diferente, o dinheiro repassado pelo locatário é dividido entre o município e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Como vamos passar a tomar conta dos pontos de Camburi, o valor será bem inferior ao cobrado hoje, isso vai ajudar a manter as pessoas no local.>
O secretário foi questionado se o proprietário do K1 e K5 poderá assumir os pontos no Festival de Verão ou no mês de abril. Em relação ao festival não poderá porque empresas não podem participar, mas em março é possível desde que não esteja mais inadimplente, diz.>
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