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PF cumpre mandados no ES contra fraude envolvendo aparelhos médicos

PF cumpre mandados no ES contra fraude envolvendo aparelhos médicos

Os materiais hospitalares eram importados ilegalmente pela aduana de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 21:12

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Tomógrafo, aparelho médico apreendido na Operação Equipos. (Pixabay)

Três municípios do Espírito Santo foram alvos da Operação Zona Cinzenta, realizada pela Polícia Federal nesta terça-feira (16), que visa combater a fraude na importação de equipamentos médicos. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas cidades de Linhares e Nova Venécia, Norte do Estado, e Iúna, na Região do Caparaó. 

Esta é a segunda fase da Operação Equipos, que busca identificar organização criminosa que usa a aduana de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina,  para contrabando. A Polícia Federal não informou os locais onde foram foram realizadas as buscas e nem quantos policiais da superintendência capixaba participaram. Não houve prisão.

Além do Espírito Santo, a operação Zona Cinzenta também foi realizada em outros 44 municípios de 18 estados (SC, AL, AP, BA, GO, MA, MS, MT, MG, PB, PE, PR, PI, RJ, RS, RO, SP, SE) e no Distrito Federal. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina.

Os alvos da operação são empresários e pessoas jurídicas do ramo de exportação e importação, revendedores, clínicas, hospitais, despachante aduaneiro, além de um doleiro apontado como responsável pelo repasse de recursos ilícitos ao grupo.

A investigação iniciou a partir da apreensão de carga de equipamentos médicos em outubro de 2013, na Aduana de Dionísio Cerqueira.

Na ocasião, foram apreendidos tomógrafos, mamógrafos, dentre outros equipamentos de alto valor comercial, em uma carga avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões, sendo R$ 2 milhões os tributos sonegados.

Na documentação constava descrição genérica da mercadoria e valor declarado de US$ 180 mil (apenas 10% do valor real).

TRÊS FORAM PRESOS NO ESTADO POR REUTILIZAR MATERIAIS CIRÚRGICOS

Dois empresários e um enfermeiro foram presos nesta terça-feira (16) suspeitos de adulterar produtos cirúrgicos para obter mais lucro. Batizada de "Lama Cirúrgica", a operação comandada pelo Núcleo de repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), aconteceu em Vitória e Serra, e revelou que o trio reutilizou 2.536 vezes produtos descartáveis em um hospital particular da Serra.

De acordo com a polícia, os produtos eram reprocessados ilicitamente e utilizados em procedimentos cirúrgicos na área ortopédica em hospitais privados, causando potencial dano à saúde de usuários e da coletividade. A reutilização de produtos descartáveis é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Nuroc chegou até os criminosos depois de receber uma denúncia anônima. Os empresários Gustavo Deriz Chagas e Marcos Roberto Krohling Stein - proprietários da Golden Hospitalar -, e o enfermeiro Thiago Waiyn foram presos e são acusados de lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica e adulteração de produtos medicinais.

INVESTIGAÇÕES

As investigações tiveram início em outubro do ano passado, depois que uma operação do Nuroc e da Vigilância Sanitária apreendeu produtos médicos e etiquetas adulteradas. O avanço das investigações revelou adulteração de códigos de registro, número do lote, data de fabricação e validade do produto em produtos e etiquetas apreendidos no Golden Hospitalar e no centro cirúrgico de um hospital da Serra.

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Essa foi a primeira fase da operação. As investigações prometem identificar também a existência de fraude em produtos reprocessados, que são vendidos como novos/originais fossem, em prejuízo de operadoras de plano de saúde e seus beneficiários. O Nuroc ainda investiga a participação de hospitais privados e distribuidoras de produtos para a saúde atuantes em Vitoria, Serra, Cariacica e Vila Velha.

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