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Pescadores de Nova Almeida reclamam de bancos de areia em rio

Pescadores de Nova Almeida reclamam de bancos de areia em rio

Acúmulo de areia e terra na foz do Rio Reis Magos diminui a profundida do local e atrapalha a navegação dos barcos

Publicado em 10 de abril de 2019 às 17:48- Atualizado há 4 anos

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O pescador Joarez Messias de Jesus reclamam do assoreamento no Rio Reis Magos, em Nova Almeida. (Eduardo Dias)

O assoreamento e a formação de vários bancos de areia está preocupando os pescadores que dependem do rio Reis Magos, em Nova Almeida, na Serra. Os navegantes afirmam que a profundidade da foz do rio tem diminuído a cada ano, prejudicando a movimentação dos barcos.

O pescador Joarez Messias de Jesus diz que os primeiros problemas causados pelo acúmulo de areia no rio começou há cerca de 15 anos. Ele relata que os bancos de areia tem causado diversos prejuízos para os pescadores.

Um das primeiras mudanças foi em relação ao ritmo de trabalho, uma vez que os horários para a entrada e saída do barco para o mar ficaram mais limitados. Em algumas ocasiões, os pescadores precisam esperar por várias horas para ter uma boa condição de navegação.

O pescador Joarez Messias de Jesus ao lado de barco que quebrou ao bater em um banco de areia. (Eduardo Dias)

"A diferença é porque antes a gente não precisava se preocupar tanto com horário de saída e chegada. Agora a gente precisa se preocupar. Se não acompanhar a tábua de maré, não consegue sair ou entrar no horário previsto. Tem que olhar a tábua de maré", explicou o pescador.

Um outro problema ainda mais grave são os acidentes que acontecem quando algum barco bate em um banco de areia. De acordo com o pescador Juarez, um grave acidente aconteceu em novembro, um barco ficou totalmente quebrado, mas o pescador saiu ileso. Juarez afirma que seu filho é pescador e também já sofreu acidente parecido.

Banco de areia no rio Reis Magos, na Serra. (Eduardo Dias)

"O maior prejuízo é com embarcação. Essa aí foi uma (apontando para embarcação quebrada), meu filho capotou com o barco ali também e quase se matou. O barco rolou por cima dele. Tudo isso é por causa desse assoreamento, isso ainda vai tirar a vida de alguém. Na hora que tirar a vida de alguém eles começam a enxergar a gente", reclamou o pescador.

SEM PRAZO PARA POSSÍVEIS MELHORIAS

A prefeitura da Serra informou que um estudo sobre o litoral do município, que também contempla a foz do rio, está em fase conclusiva. Caso haja intervenções a serem feitas, elas serão apresentadas na entrega do estudo, em junho deste ano. Em relação a navegação, a prefeitura afirma que os moradores devem priorizar a obra nas assembleias do Orçamento Participativo.

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