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Pedágio: cobrança unilateral na Terceira Ponte é prorrogada até outubro

Pedágio: cobrança unilateral na Terceira Ponte é prorrogada até outubro

Até o dia 15 de outubro, só os motoristas que seguem de Vila Velha para Vitória pagarão o pedágio

Publicado em 17 de julho de 2018 às 18:50

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Congestionamento na Terceira Ponte mesmo sem pedágio. (Fernando Madeira)

Após um mês de monitoramento das vias de acesso à Terceira Ponte, e com a cobrança de pedágio somente no sentido Vila Velha-Vitória, o governo do Estado decidiu prorrogar a medida por mais 90 dias, com encerramento programado para a meia-noite de 15 de outubro. A intenção é que, com um período maior de avaliação, seja possível identificar gargalos e traçar novas estratégias para reduzir congestionamentos, especialmente na Capital. Nesses primeiros 30 dias, o resultado foi tímido: 10% no tempo de fila, fora do pico, o equivalente a 25 segundos.

Nas quatro semanas avaliadas, foram feitos estudos de fluxo de veículos, de tempo de viagem de ônibus e de fluidez nos acessos. Observou-se, por exemplo, que a maior demanda para a ponte, no sentido Vitória-Vila Velha, chega pela rua Clóvis Machado (44%), na lateral do Palácio do Café, seguida pela Duckla de Aguiar (41%), rua de acesso para quem segue da avenida César Hilal em direção à ponte. Essa análise preliminar também demonstrou que em determinados dias houve diminuição do período de pico da noite, que passou a começar mais tarde e encerrar mais cedo.

Mas alguns comparativos não respondem, por si só, as razões para problemas de mobilidade. A análise da velocidade média dos ônibus na Reta da Penha indicou que, em uma terça-feira, houve redução de velocidade após a alteração na cobrança do pedágio e, numa quinta-feira, aumentou.

“É muito difícil medir, por meio de pesquisa, a elasticidade da demanda. A escolha por um trajeto depende de muitas variáveis e são pessoais. Por isso, avaliar o período de um mês foi apenas um passo inicial para novas medidas”, afirma Luciene Becacici, subsecretária de Mobilidade Urbana.

“Existe uma oscilação de comportamento. Existem sazonalidades ao longo do dia, da semana, dos meses do ano. Então, essa movimentação precisa ser consolidada em uma série histórica maior”, acrescenta.

Equilíbrio

Júlio Castiglioni, diretor geral da Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp), aponta ainda que, ao longo do primeiro mês, não houve aumento substancial de veículos em nenhum sentido da Terceira Ponte. Isso significa dizer que manteve-se o equilíbrio financeiro do contrato, permitindo a continuidade dessa nova forma de cobrança do pedágio. “Também indica que, ao contrário do que o senso comum poderia sugerir, não houve a criação de rotas alternativas para deixar de pagar pedágio. As pessoas perceberam que não seria uma decisão vantajosa ir para a Segunda Ponte, gastando mais com combustível”, observa.

Questionados sobre novas projeções de redução do tempo de fila, Luciene e Júlio preferiram não fazer estimativas. A subsecretária destacou ainda que as medidas não mudam o fato de que a Terceira Ponte está no limite de sua capacidade. “Estamos trabalhando na melhoria da mobilidade, tratando os acessos”, frisa.

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Os municípios de Vitória e Vila Velha seguem com ações de rotina, de monitoramento de fluxo e atuação de agentes de trânsito, e ainda não têm definidas novas medidas que possam contribuir para a redução do congestionamento nos acessos à ponte.

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