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Paralisação de parte dos ônibus afeta terminal de Campo Grande

Paralisação de parte dos ônibus afeta terminal de Campo Grande

Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Edson Bastos, o motivo é a contratação dos profissionais via jornada reduzida

Publicado em 17 de abril de 2018 às 13:07

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Os ônibus das empresas Santa Zita e Nova Transportes pararam de circular no Terminal de Campo Grande, em Cariacica, na manhã desta terça-feira (17). Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), Edson Bastos, o motivo da paralisação é a adoção, por parte da empresa, do regime de jornada reduzida. Ainda de acordo com Edson, o Sindirodoviários não concorda com esse tipo de contratação.

Segundo Bastos, o TRT decidiu que os rodoviários não poderiam trabalhar em jornada reduzida - de 4 a 5 horas -, porque não tem previsão legal e isso teria que ser decidido por meio de um acordo coletivo. A jornada ideal seria de 7 horas. O presidente do Sindirodoviários afirmou que os empresários estão passando por cima de uma ordem judicial.

Maria da Penha de Moura é usuária do transporte público e contou que precisou pegar um táxi porque os ônibus não estavam saindo do terminal. "Um ônibus tentou sair mas impediram". Segundo Maria, há cinco carros e quatro motos da Polícia Militar no local.

CETURB

Em nota, a Ceturb-ES informou que vai notificar os consórcios operadores para que informem a causa da paralisação do Sistema Transcol no Terminal Campo Grande, na manhã desta terça-feira (17). “O usuário não pode ser prejudicado em hipótese alguma”, ressalta o diretor-presidente da Ceturb-ES, Alex Mariano.

A Companhia disse que também vai notificar o Ministério Público Estadual para garantir o direito de ir e vir da população, e que os consórcios já foram notificados sobre os horários que deixaram de ser cumpridos.

GVBUS

A GVBus disse que partir das 7h30 desta terça-feira (17), membros do Sindirodoviários impediram que todos os carros das empresas Nova Transportes e Santa Zita, que atendem Vila Velha, Cariacica e, em especial, Viana, saíssem do Terminal de Campo Grande. 

As duas operadoras informaram que, com base no artigos 58A da CLT, as empresas contrataram 5 duplas de funcionários (motorista e cobrador) para atuarem em jornada de trabalho reduzida, conforme previsto na lei. Essa jornada reduzida compreende 5 horas diárias (30 horas semanais), com salário e tíquete refeição proporcionais às horas trabalhadas, ao invés de 7 horas e 20 minutos (44 horas semanais), que normalmente é realizada pelos funcionários do Sistema Transcol. O Sindirodoviarios entendeu que essa jornada não pode ser realizada, por isso, fez a manifestação.

A GVBus ressaltou que lamenta o fato e informou que o movimento aconteceu sem nenhum aviso prévio, para que fosse feito um plano de atendimento à população e para que os passageiros se preparassem. Diante do disso, as empresas vão tomar as medidas cabíveis junto às esferas judiciais, inclusive com o registro de um boletim de ocorrência.

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