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No Fórum, Mafra volta a criticar 'celeridade seletiva' do caso Milena

No Fórum, Mafra volta a criticar "celeridade seletiva" do caso Milena

Nesta terça-feira acontece primeiro dia de audiências do processo de julgamento do assassinato da médica, baleada na saída do Hucam em setembro

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 13:25

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Mafra criticou o que considerou como "celeridade seletiva" do caso . (Caique Verli)

O advogado Homero Mafra, que também é presidente da OAB-ES, voltou a questionar a agilidade da Justiça no caso Milena Gottardi. Na manhã desta terça-feira (16), na porta do Fórum Criminal de Vitória, o advogado de Hilário Frasson - ex-marido da médica Milena e acusado de de ser um dos mandantes do crime -, criticou o que considerou como "celeridade seletiva" do caso.

"O advogado não pode reclamar de celeridade. Mas o advogado tem o direito de reclamar quando essa celeridade é imposta a um só processo. Não se fazem audiências pela manhã, e estão sendo feitas. A pauta está sendo atropelada. Isso demonstra uma clara intenção de dar a esse processo um andamento que os demais não têm, e isso é um absurdo", afirmou Mafra.

Nesta terça-feira acontece primeiro dia de audiências do processo de julgamento do assassinato da médica, baleada na saída do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), em 14 de setembro do ano passado, em Vitória, com a morte confirmada no dia seguinte. A mãe e o irmão de Milena Gottardi compõem o quadro de testemunhas de acusação que serão ouvidas neste primeiro dia de audiências. Serão nove testemunhas de acusação intimadas pelo Ministério Público. A primeira pessoa da lista é o delegado responsável pelo caso, Janderson Lube.

A mãe de Milena, Zilca Gottardi, e o irmão, Douglas Gottardi, prestarão depoimento na parte da tarde, além de outras quatro pessoas. A continuidade das audiências com as testemunhas de acusação acontece nesta quarta-feira (17), quando serão ouvidas mais oito testemunhas.

PRÓXIMO PASSO

O restante das audiências serão realizadas nos dias 30 e 31 de janeiro. No primeiro dia, serão chamadas as pessoas apontadas pelas defesas dos denunciados como mandantes do assassinato da médica: Hilário Frasson e o pai dele, Esperidião Frasson.

Na lista de testemunhas convocadas pelo advogado de defesa Hilário, Homero Mafra, foram intimadas 13 pessoas, entre elas um desembargador aposentado, dois assessores de desembargador, o chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, Guilherme Daré, e um padre da Igreja Católica, José Pedro Luchi.

Já no dia 31 de janeiro, devem comparecer as testemunhas apontadas pela defesa de Hermenegildo Palauro Filho, conhecido como Judinho, e Valcir da Silva Dias, ambos acusados de serem intermediários do crime. As audiências para ouvir as testemunhas de defesa de Dionathas e Bruno Rodrigues Broetto, acusado de ter roubado a moto do crime, ainda não foram marcadas.

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Durante as audiências de instrução do processo, são ouvidas testemunhas, ocorre o interrogatório do réu e, se for o caso, são apresentadas as alegações finais. Após essas audiências, o juiz vai analisar e pode ou não decidir se pronuncia ou não o acusado, ou seja,se ele vai ou não a júri popular. Quando o juiz decide pela pronúncia, ele não está decidindo se o réu é ou não culpado, mas se há indícios de autoria do crime.

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