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Mulher descobre câncer de mama após ganhar exame em Vila Velha

Mulher descobre câncer de mama após ganhar exame em Vila Velha

A doença foi descoberta, quase que por acaso, por Larrubia em 2017. Após a notícia, ela passou por oito meses de quimioterapia e 30 sessões de radioterapia

Publicado em 2 de outubro de 2019 às 12:10

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Larrubia descobriu o câncer ao ganhar uma mamografia . (Carlos Alberto Silva )

O Outubro Rosa alerta sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. E foi por causa da campanha, inclusive, que a recriadora Larrubia Coimbra, de 60 anos, descobriu a doença. Isso porque ao ir a uma unidade de saúde em Vila Velha para realizar outro exame foi oferecido a ela a realização da mamografia.

“Eu não fiz a mamografia porque eu quis, eu fui fazer um papanicolau em outubro, a moça disse que era o mês de prevenção contra o câncer de mama e me ofereceu uma mamografia. Fiz o exame, esperei o resultado e quando fui ao médico mostrá-lo recebi a notícia”, disse.

A doença foi descoberta por Larrubia em 2017. Após a notícia, ela passou por oito meses de quimioterapia e 30 sessões de radioterapia. Apesar da agressividade da doença, ela optou por encará-la com leveza. O término do tratamento ocorreu em maio de 2018.

“Eu agradeço a Deus todos os dias por estar aqui, quando você faz quimioterapia acha que não vai amanhecer, aí você amanhece. O apoio é tudo, digo que eu não fui acolhida, eu tive que acolher porque foi todo mundo para minha casa. A família e os amigos nessa fase são muito importante”, contou.

MAMOGRAFIA 

A mastologista Andressa Ferrari ressalta que o diagnóstico precoce da doença é importante. A mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos para as mulheres que não apresentam fatores de risco, e o autoexame a partir dos 20 anos.

A médica acrescenta que além do aparecimento de um carocinho, o câncer de mama pode deixar outros alertas. A vermelhidão na pele da mama sem ter uma causa aparente e uma ferida que não melhora, mesmo ao passar uma pomada, são outros possíveis sinais.

“Apesar do esforço em se aprimorar e individualizar o tratamento, diagnosticar precocemente é fundamental. Por causa desse diagnóstico precoce o tratamento inicia-se mais cedo, isso fez aumentar a sobrevida das mulheres significativamente nos últimos 30 anos”, ressalta.

O oncologista clínico do hospital Unimed Oncologia, Vinicius Lucas Campos, acrescenta que existem fatores que predispõem o surgimento da doença, tais como genética, idade, o fato das mulheres não terem filhos, uso de cigarro, radiação ionizante (tomografia e raio-x).

O médico esclarece ainda que existem vários tipos de câncer de mama, e que os tratamentos têm evoluído ao longo do tempo e estão cada vez mais individualizados.

"Temos medicamentos mais eficazes e menos tóxicos, os tratamentos cirúrgicos estão cada vez mais preservando a mama. O câncer tem cura principalmente quando diagnosticado no início", diz.

CASOS 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de 59,7 mil novos casos de câncer de mama no País e 1.130 no Estado este ano, sendo a doença a que mais mata mulheres.

Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), de 2015 a agosto de 2019 foram registradas 1.449 mortes por câncer de mama no Espírito Santo. Dados preliminares apontam que em 2018 foram registrados 338 mortes e em 2019, de janeiro a agosto, 217 mulheres morreram em decorrência da doença.

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