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Maré sobe e deixa ruas e casas alagadas em bairros de Vitória

Maré sobe e deixa ruas e casas alagadas em bairros de Vitória

O aumento do nível da maré em Vitória, a partir do meio-dia desta segunda-feira (06), provocou inundação nos bairros Ilha de Santa Maria, Santo Antônio, Grande Vitória e Mário Cypreste

Publicado em 6 de abril de 2020 às 19:37

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Maré sobe e deixa ruas alagadas em Vitória.
Maré sobe e deixa ruas alagadas em Vitória. (Internauta)

O aumento do nível da maré em Vitória, registrado a partir do meio-dia desta segunda-feira (06), provocou inundação nos bairros Ilha de Santa Maria, Santo Antônio, Grande Vitória e Mário Cypreste. Para os moradores do local, que viram a água invadir casas e trazer prejuízos, este é um episódio que virou rotina.

De acordo com a pedagoga Thatiely Gasparini, 29, que mora em Santo Antônio, todos os anos a mesma história se repete. "A maré subiu e a água alagou a casa da minha mãe, que é embaixo da minha e queimou a geladeira. A água só foi descer por volta de 17h. Todo ano é a mesma coisa, todo mundo na rua acaba perdendo tudo. Uns anos atrás fizeram uma obra e levantaram um pouco a rua, mas formou um bolsão que alaga duas vezes mais que antes. Estou esperando uma nova providência. Fico indignada com isso, eu pago o IPTU em dia e nada é feito", desabafou.

Para o servidor público colatinense Claudio Costa, de 45 anos, que esteve na Ilha de Santa Maria nesta segunda-feira a trabalho, a situação foi uma surpresa. Segundo ele, só foi possível passar pela região porque dirigia uma caminhonete. "Carro pequeno tinha dificuldade de passar. Perguntei a um morador e ele falou que é porque a maré subiu, mas achei estranho, nunca tinha visto isso, só sabia de enchente quando tem temporal, fiquei assustado com o que vi", relatou.

PREFEITURA DE VITÓRIA

Em entrevista à reportagem, o secretário municipal de Obras e Habitação, Wewerton Moraes, explicou que o ocorrido em alguns bairros da capital é um fenômeno da natureza, que acontece nas áreas localizadas abaixo do nível do mar. A água volta pelo sistema de drenagem da água da chuva e, pelos bueiros, toma as ruas dos bairros.

"Quando sobe a maré, a água invade. Não é problema de assoreamento nem de obstrução. O que ocorre é a entrada da maré na rede de drenagem. Isso se repete sempre que a maré fica alta, dependendo do mês e do dia. Estes bairros afetados são regiões de aterro. Os moradores já estão, de certa forma, habituados, isso acontece com alguma frequência e não tive reclamações até o momento".

Ainda segundo Moraes, alguns moradores dos bairros atingidos pela água já deixam os imóveis mais elevados em relação ao nível das ruas. Como solução, o gestor aponta a macrodrenagem, que, no entanto, é uma obra complexa. "Precisamos captar recursos para a construção de novas galerias, fazer reservatórios. Já temos projetos neste sentido, mas o gasto seria de 80 a 100 milhões de reais. Com a crise que estamos enfrentando, ainda mais com o coronavírus, precisaríamos de captação, por meio também de convênios com o Estado ou com a União, já que o valor é muito alto e a Prefeitura não tem condições de arcar", concluiu.

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