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Gerente de operações da Globo está no ES para transmissão da festa

Gerente de operações da Globo está no ES para transmissão da festa

Gerente de operações da TV Globo está nas grandes coberturas para garantir o melhor ângulo e ajudou a pensar a transmissão do Carnaval de Vitória

Publicado em 4 de fevereiro de 2018 às 02:00

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Fernando Gueiros é gerente de operações da Globo. (Vitor Jubini)

Sabe quando o William Bonner deixa os estúdios da TV Globo para apresentar o Jornal Nacional bem pertinho do local onde o assunto do momento está acontecendo? Pois então, providenciar uma estrutura equivalente não é a mais fácil das missões, mas tem uma pessoa já craque no assunto e pronta para encará-la.

Fernando Gueiros, 61 anos, é gerente de operações da Globo, um nome que não contempla de todo o tanto de funções que ele tem: encontrar o melhor ângulo para fazer uma transmissão e o fazer o que puder para viabilizar isso, desde acionar sua origem profissional como arquiteto ou botar para jogo toda sua simpatia. É um conversador, como reconhece.

Fernando Gueiros está em Vitória para ajudar na produção de mais um carnaval. Ele é o responsável pelas cabines de vidro dos carnavais transmitidos pela TV Globo em São Paulo, onde é baseado, e no Rio de Janeiro. Este ano, a TV Gazeta transmite o Carnaval de Vitória.

Seja em São Paulo, no Rio ou por aqui, ele reforça sua paixão pela TV: “Televisão é brigar pelo melhor posicionamento. É chegar antes e ver oportunidades que ninguém vê”.

Você pode explicar seu cargo?

Meu cargo hoje em dia é diretor de produção e eventos especiais da Rede Globo. Tem uma operação de conteúdo, mas tem também uma produção de estrutura. Aí é que entra a operação do jornalismo. Por exemplo, quando você vai montar uma grande cobertura, tem que ter espaço para botar câmera no alto, estabelecer lugar para botar caminhão, por onde vai passar cabo, conversar com o pessoal da tecnologia. Toda a decisão que você toma tem que ter um lado logístico. Acabei me especializando nesses eventos especiais. Caravana das Eleições do JN em 2006, o “pool” do Papa...

O que é isso?

Por exemplo, se o papa vier ao Brasil. Ele vai fazer uma missa num lugar, uma vista a outro, depois encontrar o governador, vai ter vários eventos. Não tem sentido todas as emissoras fazerem tudo junto. Então, a gente divide, faz um “pool”. A Globo bota toda a estrutura dela num lugar e libera o sinal para todo mundo. Outra emissora cobre outro lugar e entrega para todo mundo. A gente compartilha e divide recursos.

Você era arquiteto?

Minha origem é arquiteto, o que ajuda muito em eventos em que tem que chegar em prédio, em locais de teatro, tem que ter soluções de passar um cabo por aqui, bota uma tapadeira ali.

Você ajudou na cobertura do incêndio da Boate Kiss?

Acordei num domingo de manhã em São Paulo e 10 horas depois estava chegando em Santa Maria, Rio Grande do Sul. Como era um evento muito grande que precisava juntar recursos técnicos de várias praças, me ligaram. Decidiram que queriam ancorar o Jornal Nacional de lá. O William Bonner foi o único que estava literalmente de costas para o fundo da boate. Ele é o apresentador do nosso principal telejornal. Ele tem que estar na melhor localização, na cara do gol.

E como foi a cobertura da explosão do avião da TAM, em São Paulo, em 2007?

Peguei uma foto de satélite, tinha a pista de Congonhas, vi onde o avião caiu aqui e pela sombra eu vi o prédio mais alto que havia ali perto.

Pela sombra?

Aí vem meu lado de arquiteto. Pela sombra eu vi que ali não era uma casa, era um prédio. Peguei um casaco da Globo para facilitar as coisas, falei com o gerente e 24 horas depois a gente estava ancorando o JN daquele local.

Você ajudou a montar a cabine da TV Gazeta no Sambão do Povo?

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Meio que dei uma consultoria e disponibilizei a planta do nosso estúdio. O estúdio daqui é muito parecido. É outra estrutura, mas o conceito é o mesmo, que é o de posicionar a TV Gazeta dentro do evento carnaval. Dei um palpite ou outro no posicionamento de câmeras. Participei mais contribuindo com a planta do estúdio. Exemplo, se você chama um entrevistado com fantasia, uma baiana, uma porta-bandeira, você tem que ter uma porta grande para ela passar. Ar-condicionado é importante, a iluminação, como evitar reflexos, os vidros têm que estar inclinados porque se estiverem em pé o reflexo vai bater, cuidado com o revestimento interno para a acústica não passar... Tem uma série de truques que a gente pega com a experiência e aproveita para passar.

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