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Família de jovem morto por tubarão faz vaquinha para trazer corpo

Família de jovem morto por tubarão faz vaquinha para trazer corpo

Translado pode demorar quatro dias e família tenta agilizar o processo com apoio do consulado. Arthur Medici, 26 anos, foi atacado por tubarão enquanto surfava nos EUA

Publicado em 16 de setembro de 2018 às 20:58

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Arthur Medici chegou a ser socorrido para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. (Montagem | Gazeta Online)

A família do capixaba Arthur Medici, de 26 anos, morto após ser atacado por um tubarão enquanto surfava em uma praia dos Estados Unidos, vai contar com ajuda de uma vaquinha virtual para custear as despesas referentes ao translado do corpo. A liberação para que o corpo do jovem seja transportado para o Brasil pode demorar cerca de quatro dias e, por isso, a família tenta agilizar o processo com apoio do consulado brasileiro. 

Arthur estava noivo e morava nos Estados Unidos há quatro anos. De acordo com Marcio Araujo Passos, padrasto do surfista, a iniciativa de fazer uma vaquinha para ajudar nas despesas com o translado do corpo partiu da família da noiva Arthur.

"Não temos ainda um valor real, temos uma estimativa de 15 mil dólares. Para ajudar, foi disponibilizado em um site dos EUA uma vaquinha, feita pela família da noiva dele e por amigos. A gente ainda não sabe quando vai poder trazer o corpo para o Brasil. Arthur continua no hospital, amanhã vai passar por uma autópsia e então o corpo será liberado para a funerária. Normalmente leva uns quatro dias úteis para o translado do corpo ser liberado. Temos parentes nos EUA e vamos tentar agilizar esse processo com apoio do consulado", afirmou. 

Na tarde deste domingo (16), o valor pedido já havia sido arrecadado e as doações já passavam de 17 mil dólares.

Surfista desde criança

Arthur aprendeu a surfar quando criança. A praia de Cape Cod era um local bastante conhecido por ele,  que costumava pegar onda na região. Para a família, a morte do capixaba foi uma terrível fatalidade.

"O Arthur começou a surfar com 8, 10 anos de idade. Surfava em Vila Velha, sempre viajou para surfar e sempre surfava naquela praia. Desde 1936 não existia um ataque de tubarão naquela praia, aí agora um tubarão veio e pegou o menino. Uma fatalidade. Tinha seis salva vidas na área, ele foi prontamente socorrido e levado imediatamente para o hospital, mas não resistiu. Um menino que eu criei, um filho que perdi", lamentou o padrasto. 

Época com mais tubarões

 A baía de Cape Cod, onde Arthur foi atacado pelo tubarão, é um um dos pontos turísticos mais visitados dos EUA durante os meses de verão. O ataque aconteceu por volta do meio-dia na área do Parque Nacional de Newcomb Hollow Beaching.Segundo o site Sunday Express, testemunhas afirmaram ter visto Arthur na praia, acompanhado de outro homem, que seria o cunhado dele, quando o ataque aconteceu.

De acordo com o site Sunday Express, houve um aumento nos avistamentos de tubarões na área, já que é um local onde as focas cinzentas também circulam nesta época do ano. Um especialista em tubarões ouvido pela publicação afirmou que os ataques de tubarão no verão são uma conseqüência direta de mais pessoas e mais animais na água.

No entanto, o último ataque de tubarão na região foi em 1936, quando um jovem de 16 anos foi mordido. Por causa do risco de ataques, o Serviço Nacional de Parques dos EUA fechou as praias por pelo menos uma hora cerca de 25 vezes este ano, o dobro da média anual.

No local do ataque há uma placa recomentando os banhistas a nadarem próximo da costa costa e com água na altura da cintura. 

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Placa alertando para o risco de ataque de tubarões no local. (WBZ-TV))

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