A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) aplica, todos os anos, a prova do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes) a fim de identificar o desempenho dos alunos da rede em Língua Portuguesa e Matemática. No exame feito em 2019, e divulgado nesta terça-feira (18), os indicadores apontam melhorias na aprendizagem, porém os estudantes ainda dominam pouco os conhecimentos nas duas disciplinas.
A prova foi aplicada em todas as turmas da 3ª série do ensino médio e, com as notas calculadas junto à taxa de aprovação, chegou-se ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Espírito Santo (Idebes) de 4,42 no ano passado, numa trajetória ascendente, mas que não atingiu a meta de 4,44 estipulada pela Sedu para 2019. A partir de 2015, os resultados foram: 3,5; 3,87; 4,16; e 4,10. O ano de 2018 foi o único que, no período avaliado, registrou queda.
Ainda que, em 2019, tenha sido possível recuperar o crescimento do indicador - recorte feito em 49 escolas prioritárias demonstra que mais de 60% dos alunos melhoraram o desempenho nas duas disciplinas - a rede concentra boa parte dos estudantes do ensino médio com conhecimento abaixo do básico em Matemática e no básico, em Português. O adequado seria pelo menos proficiente, numa escala de quatro níveis que vai até o avançado.
Também foi feita a avaliação dos estudantes do ensino fundamental, no 5º e no 9º anos, mas o desempenho das turmas ainda está sendo apurado pela Sedu.
O Paebes se assemelha ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), exame nacional realizado a cada dois anos e que resulta no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). São usados os mesmos parâmetros para a prova e, em razão disso, Vitor de Angelo diz que o resultado da avaliação da Sedu historicamente tem sido um prognóstico da que é aplicada pelo governo federal. A expectativa do secretário é por um indicador positivo, ainda melhor do que o estadual, assim como foi em anos anteriores.
A diferença entre as avaliações - e vantagem, na opinião de Vitor - é que, no Espírito Santo, é anual; no ensino médio, trimestral. Dessa maneira, é possível realizar as intervenções necessárias num espaço de tempo menor para obter melhorias na aprendizagem.
"Sendo feito todos os anos, conseguimos um planejamento mais próximo da nossa realidade", ressalta o secretário.
Foi assim que, afirma Vitor, a equipe da Sedu, ao assumir a gestão no início de 2019, conseguiu detectar a queda no desempenho no ano anterior e traçar estratégias para reverter o quadro. O foco da atenção foram as escolas das Superintendências Regionais de Educação (SREs) de Carapina e de Cariacica, onde se concentram o maior número de matrículas e, ao mesmo tempo, os piores indicadores.
Uma das estratégias foi reforçar o sistema de monitoramento das unidades de ensino que apresentavam maior déficit de aprendizagem e de reprovação para promover as intervenções necessárias como, por exemplo, programas de reforço em Português e Matemática. Foram relacionadas 49 escolas prioritárias - também de outras regionais - que tinham tais dificuldades, associadas a um volume grande de matrículas, para ampliar a assistência. Para o secretário, a melhoria no resultado é reflexo dessas ações. Para 2020, 93 escolas estarão na lista de prioridade.
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