Sempre que uma chuva forte atinge a Grande Vitória, a casa de Dunalva Maria da Silva, moradora do bairro Itapoã, em Vila Velha, tem prejuízo. De acordo com ela, dessa vez a família perdeu todos os móveis. O pior é a situação da mãe dela, que é uma senhora que sofreu um derrame recentemente, e fica presa no segundo andar da residência.
A água sempre entra. Em 2013 foi pior. Entra ano e sai ano e a gente está sofrendo, comenta.
Em questão de segundos a água também invadiu a casa da Daniela. O filho dela, que não foi para a escola porque estava passando mal, esperou pela mãe em cima do sofá para fugir do alagamento.
Eu estava no trabalho e vim ver meu filho que tinha passado mal. Quando cheguei aqui foi só o tempo de suspender algumas coisas. Suspendi o que tinha mais valor como camas, que vão demorar a secar, roupas, gavetas. Também resgatei os dois cachorros que estavam lá atrás, contou.
Daniela ainda explicou que para proteger a mesa da sala, ela colocou caixas para suspendê-la, assim como os mantimentos.
É bem triste porque você paga caro pelas coisas. Você compra a vista ou a prazo e o valor fica o dobro pra você perder assim em frações de segundos, lamenta.
Apesar da chuva ter dado uma trégua no final da tarde desta segunda-feira (16), muitas ruas continuam alagadas em Itapoã. Na Rua Jaime Duarte do Nascimento, por exemplo, as famílias perderam muitos objetos. A aposentada Raimunda Maria da Silva, de 74 anos, mora com seu pai de 99 anos e a irmã no local.
Ela contou que a água começou a entrar na casa pela manhã e explica que perdeu o guarda-roupa e a cômoda. No entanto, ainda não consegue calcular quanto de prejuízo porque ficou sem energia elétrica.
O cortador de roupa Kallebe Cunha Fernandes Lima, de 25 anos, também mora na Rua Jaime Duarte do Nascimento, em Itapoã, e contou que perdeu geladeira, computador, ferro de passar, além de outros pertences.
Por volta das 8 horas desta segunda-feira (16), a água começou a invadir a residência de Kallebe enquanto ele estava no trabalho. Os vizinhos que avisaram e ajudaram a levantar as coisas. Ele disse que a última vez que a rua alagou desse jeito foi em 2013.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta