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Coronavírus: especialistas apontam 10 erros que atrapalham combate no ES

Coronavírus: especialistas apontam 10 erros que atrapalham combate no ES

No dia a dia muitos são os deslizes cometidos pela população. Entre eles, a lavagem errada das mãos, o uso de máscara sem necessidade e o não cumprimento do isolamento social

Publicado em 30 de março de 2020 às 07:00

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Rafael Malta
Rafael Malta "Dr. Infecto" ensinando a lavar as mãos. (Fernando Madeira/Reprodução)

Na luta para conter a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) e, consequentemente, o número de mortes, além das medidas adotadas por autoridades, cada pessoa deve fazer sua parte. No entanto, no dia a dia muitos são os deslizes cometidos pela população. Entre eles, a lavagem errada das mãos, o uso de máscara sem necessidade e até o não cumprimento do isolamento social. A GAZETA reuniu os dez principais erros apontados por especialistas.

Este vídeo pode te interessar

  • 01

    NÃO LAVAR AS MÃOS CORRETAMENTE

    Lavar as mãos é uma ação simples e muito efetiva contra várias doenças, entre elas a Covid-19. No toque das mãos em superfícies contaminadas podemos acumular vírus, bactérias e demais micro-organismos e colocá-los em contato com a boca, nariz e olhos. Por isso, os especialistas recomendam que a lavagem dure algo em torno de 20 segundos, sendo preciso limpar corretamente dedos, unhas, palmas, dorsos e punhos. Veja o vídeo.

  • Mulher passando álcool em gel nas mãos: cuidados com a pele

    02

    USAR ÁLCOOL GEL NO LUGAR DE ÁGUA E SABÃO

    A infectologista Rúbia Miossi explica que o maior aliado no combate ao coronavírus está em casa: água e sabão. O álcool em gel é uma alternativa para quando estivermos em um lugar sem acesso a esses recursos, como no transporte público ou na rua.

  • Remédio

    03

    COMPRAR REMÉDIO SEM NECESSIDADE

    Após o presidente americano, Donald Trump, dizer que a hidroxicloroquina pode ter eficácia contra o coronavírus, apesar da falta de evidências científicas robustas, medicamentos que têm a substância como princípio ativo, como o Reuquinol, sumiram das farmácias do Espírito Santo. O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Espírito Santo (CRF-ES), Luiz Carlos Cavalcanti, reforça que não há estudo conclusivo sobre o uso desse medicamento para o tratamento da doença. Ele alerta para que o remédio não seja comprado sem recomendação médica, de modo que o Reuquinol não falte a pacientes que precisam continuar o tratamento de doenças para o qual  de fato é indicado, como o lúpus. 

  • Passageiras utilizam máscaras após pandemia de coronavírus na rodoviária da capital.

    04

    USAR MÁSCARA MESMO NÃO ESTANDO INFECTADO

    O infectologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Crispim Cerutti Junior, afirma que apenas doentes devem usar máscaras, isso quando precisam entrar em contato com outras pessoas dentro da casa para não transmitir o vírus. A máscara não deve ser utilizada por todas as pessoas mesmo quando forem sair na rua,  até porque quem  usa tende a ficar mexendo na máscara com as mãos e pode levar o vírus com mais facilidade até a face.

  • Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves

    05

    IR AO HOSPITAL DIANTE DE QUALQUER SINTOMA

    Com sintomas parecidos com o de uma gripe,  a Covid-19 tem deixado algumas pessoas com medo de ter contraído a doença e se perguntado se devem ou não procurar atendimento médico. De acordo com informações de especialistas e da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa), é preciso estar atento aos sinais antes de buscar assistência. Saiba qual tipo de atendimento a pessoa deve procurar diante de cada sintoma.

  • Data: 22/03/2020 - ES - Vitória - Prédios na Praia do Canto e no Barro Vermelho durante a quarentena. A recomendação é manter isolamento pare evitar a transmissão do coronavírus - Editoria: Cidades - Foto: Vitor Jubini - GZ

    06

    NÃO REALIZAR O ISOLAMENTO SOCIAL

    A Organização Mundial de Saúde (OMS) e grande parte da classe médica defendem a prática do isolamento horizontal, que visa reduzir ao máximo a circulação de pessoas. Para eles, essa é a ferramenta mais eficaz de combate ao coronavírus. O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, acrescenta que o isolamento desacelera o processo de disseminação da doença. Isso é importante porque, se muitos casos surgem ao mesmo tempo, o sistema de saúde ficará sobrecarregado e não dará conta de atender todos os pacientes críticos.

  • Imagem de fake news

    07

    COMPARTILHAR TUDO QUE RECEBE NO WHATSAPP

    As redes sociais ajudam a disseminar bons conteúdos e também coisas que não existem e só geram pânico. O presidente da Sociedade de Infectologia do Espírito Santo, Alexandre Rodrigues, aponta que talvez as fakes news sejam a pior epidemia dessa atualidade e atrapalham o combate ao coronavírus. Isso porque é um desserviço para a sociedade, gera pânico e dissemina informações erradas sobre doenças. O médico faz uma orientação sobre as falsas notícias. "Não repassar é a primeira orientação. Busque informações em sites consolidados e cheque a veracidade", afirmou.

  • 08

    NÃO TER CUIDADO AO VOLTAR DA RUA

    A determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos governantes locais é evitar a circulação de pessoas nas ruas e diminuir o risco de transmissão. No entanto, alguns serviços essenciais continuam em operação. Para impedir a contaminação de objetos, cômodos ou até mesmo de outros moradores, especialistas dão algumas orientações: chegou em casa, tira o sapato. Lave as mãos corretamente. No banheiro, retira sua roupa e ponha em um saco plástico. Depois do banho, deixa a roupa na área de serviço e limpe os objetos.

  • Supermercado cheio de clientes: Sindicomerciários-ES aponta risco de contaminação

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    COMPRAR MUITOS PRODUTOS NO SUPERMERCADO

    Desde que o coronavírus passou a ser o assunto principal no Brasil, muitas pessoas passaram a ir ao supermercado e comprar uma quantidade muito maior de produtos que o normal. Por conta disso, algumas lojas estão limitando a venda dos itens básicos mais procurados, como arroz, álcool gel e leite ,para garantir que todos os clientes possam abastecer suas casas. Segundo o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, as pessoas não precisam fazer estoque porque não existe qualquer risco de desabastecimento nos estabelecimentos do Espírito Santo.

  • salada de frutas: kiwi, morango, banana, gioaba

    10

    NÃO REALIZAR A LIMPEZA DOS PRODUTOS COMPRADOS

    O infectologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Crispim Cerutti Junior, explica é necessária a higienização das coisas que são compradas. É importante lavar as embalagens com água e sabão, mas se não for possível utilize álcool gel. “As frutas, por exemplo, devem ser lavadas com água e sabão porque além do vírus, têm outros parasitas, protozoários e registros de agrotóxicos”, destacou.

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