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Casal de mestre-sala e porta-bandeira ensaia até na madrugada

Casal de mestre-sala e porta-bandeira ensaia até na madrugada

Para se adaptar ao horário previsto para o desfile da São Torquato e não ser surpreendido pela ventania, casal tem rotina de ensaio diferenciada

Publicado em 10 de fevereiro de 2020 às 06:01

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Tony Silvaneto e Renata Costa, casal de mestre-sala e porta-bandeira da Independentes de São Torquato. (Arquivo Pessoal)

Dedicação dita a rotina do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Independentes de São Torquato, agremiação de Vila Velha. Vale todo esforço para Tony Silvaneto e Renata Costa conquistarem as três notas 10 dos jurados que vão julgar o quesito no Carnaval de Vitória.

Vale até mesmo ensaiar pela madrugada para se adaptar ao horário previsto para o desfile da São Torquato: a escola de Vila Velha será a última a desfilar no Grupo Especial, entrando no Sambão do Povo já com o dia clareando. 

"Treinamos algumas vezes nesse horário alternativo para ter costume com o vento do início da manhã e do final da madrugada porque há o risco de acontecer uma ventania às 5h, que sempre é um terror. Então, chegamos às 4h, 5h no Sambão para poder pegar esse vento", conta Tony, que já tem mais de 10 anos de experiência como mestre-sala no Carnaval de Vitória.

Para conceder as notas, os jurados levam em conta a exibição da dança do casal. Os dois executam um bailado no ritmo do samba, mas não sambam. A bandeira também não pode enrolar ou encostar no mestre-sala. A função do mestre-sala é cortejar a porta-bandeira e proteger e apresentar o pavilhão da escola, com gestos e posturas elegantes e corteses. Já a porta-bandeira deve conduzir e apresentar o pavilhão da escola, sempre desfraldado e sem enrolá-lo. 

Tony Silvaneto e Renata Costa, casal de mestre-sala e porta-bandeira da Independentes de São Torquato. (Arquivo Pessoal)

Ao todo, nove quesitos técnicos são julgados pelos jurados. Um deles é o de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, o que mostra o tamanho da responsabilidade o casal. E Tony e Renata, da São Torquato, levam muito a sério isso. Além de ensaios durante a madrugada, os dois também planejam ensaiar na praia nos dias que antecedem o desfile. 

"Se a bandeira enrolar, bater em mim, acabamos prejudicados. O vento castiga muito, como já castigou vários casais. Nesta semana, vamos treinar na areia com o vento da praia", explica Tony.

Em 2019, o casal recebeu apenas notas dez dos jurados no Grupo de Acesso e ajudou a São Torquato a subir para o Grupo Especial do Carnaval de Vitória.

CARNAVAL DE 2020

A Independentes de São Torquato, neste ano, vai levar para o Sambão do Povo o enredo “O Portal das Ilusões”. Com 1.300 componentes e 23 alas, a escola vai abordar tudo aquilo que mexe com a imaginário do folião e mostrando que a vida é feita de sonhos e da busca pela felicidade, seja ela real ou não.

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Edmilson Galdino, carnavalesco da São Torquato(Ricardo Medeiros)

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