Uma agência de viagens, em Vitória, vem deixando os clientes no prejuízo desde o começo do ano. Uma cozinheira, que havia ido para a França, só descobriu no final da viagem que a passagem de volta para o Brasil, que fazia parte do pacote oferecido pela agência, não havia sido paga. Com o transtorno, Clenilda Martins, moradora de São Mateus, Norte do Estado, teve que comprar uma nova passagem de volta, que está marcada para o próximo sábado (21).
A filha da vítima, Márcia Zuliani, mora na França, e Clenilda foi visitá-la. De acordo com Márcia, as passagens, de ida e volta, foram pagas para uma funcionária da agência Vollare Viagens. O pagamento foi realizado em dois depósitos bancários. Em um primeiro momento elas estranharam a demora no envio do ticket eletrônico. Mas, as passagens foram enviadas e a mãe dela seguiu viagem.
O problema começou na volta para casa. Márcia tentou acessar as passagens da mãe on-line para incluir a bagagem e então descobriu que algo estava errado. A volta estava marcada para o dia 8 de dezembro, mas a companhia não pagou pela passagem. Com isso, Márcia só conseguirá retornar ao Brasil no próximo sábado (21), quase duas semanas depois da data programada anteriormente.
No início deste ano, a mesma empresa deixou uma escolinha de futebol na mão. Atletas do Grêmio Factory Players, um centro de treinamento de futebol para crianças e adolescentes em Vitória, estavam com viagem marcada para Aparecida de Goiânia (GO) no dia 13 de abril, para participarem da Gol Cup, um campeonato mundial de futebol 7 na categoria sub-10. Há menos de uma semana do início do campeonato, 50 pessoas receberam a notícia da agência de viagem que tudo estava cancelado porque a empresa decretou falência.
No site da Receita Feral (RF), a inscrição e a situação cadastral da Vollare Viagens constam como ativa desde outubro de 2014. Na RF ainda consta o endereço da Praia do Canto.
Na última sexta-feira (13), a reportagem de A Gazeta esteve no endereço da agência de viagens, mas a loja fechou. Inclusive, outro comércio já funciona no local. Também tentamos contato com a empresa Vollare Viagens, mas as ligações não foram atendidas.
A Polícia Civil informa que um Inquérito Policial foi instaurado no 1º Distrito Policial, foi concluído e relatado à Justiça no dia 16 de outubro de 2019, com indiciamento da investigada pelo crime de estelionato.
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