Um registro impressionante do alagamento nos arredores da Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, foi feito pelo comerciante Eugenio Martini, de 62 anos, durante a chuva forte que atingiu a Grande Vitória entre a noite de domingo (15) e esta segunda-feira (16). O vídeo, feito pelas câmeras de monitoramento que o próprio comerciante instalou na região, mostra como as ruas não tinham vazão suficiente para tanta água, alagando o local.
Martini conta que mora em Vitória há 30 anos e nunca viu chuva com as proporções desta. Ele acredita que a solução para que o alagamento diminua seja uma ação consciente dos moradores e comerciantes locais que, segundo ele, jogam muito lixo na rua.
"É muito escritório que põe lixo na rua, e foi o que mais prejudicou e deixou as bocas de lobo entupidas. Enquanto a água subia, eu vi muito lixo boiando. O pessoal devia ter consciência, ontem (segunda) à tarde mesmo já tinha gente colocando lixo na rua", reclama o comerciante.
Apesar de muitas lojas terem sido invadidas nos entornos da Praça Costa Pereira, local em que as imagens foram registradas, Eugenio afirma que não teve prejuízos.
TRANSTORNO E PREJUÍZO NO CENTRO
A chuva intensa da manhã desta segunda-feira (16) pegou os comerciantes do Centro de Vitória de surpresa. Diversas lojas foram tomadas por água e lama. Em uma farmácia na Rua Sete de Setembro, diversas mercadorias tiveram que ser descartadas.
De acordo com a comerciante Sônia Maria Pereira Paixão, o volume de água que desceu dos morros do entorno da Praça Costa Pereira foi tão grande que rapidamente a loja de artigos de cama mesa e banho que trabalha estava alagada. Os funcionários agiram rápido e nenhuma mercadoria foi perdida.
Na hora que eu cheguei para trabalhar a rua já estava com muita água. Foi uma coisa muito repentina. Em cinco minutos alagou. Juntou as funcionárias para colocar as mercadorias para cima. Foi um sufoco, relatou a comerciante.
Em uma loja de calçados o comerciante que mora em Vila Velha não teve a mesma sorte. Com diversas ruas e avenidas da Grande Vitória alagadas conseguiu chegar em seu comércio só no final da manhã. Diversas caixas de sapatos, tênis e sandálias foram danificadas. Atarefado com limpeza do local o dono não quis dar entrevista.
Em uma ótica e uma barbearia também no entorno da Praça Costa Pereira, a manhã que seria de atendimento foi de limpeza. Nenhuma mercadoria foi danificada. O negócio foi feio. Quando cheguei aqui já estava tudo cheio de lama. Não vai dar para atender hoje, só ficar na limpeza, disse o barbeiro Florentino Trevisan.
FONTE GRANDE
No Morro da Fonte Grande, na Quadra da Piedade a enxurrada formou uma cascata. Parte do calçamento de uma das ruas foi arrancado.
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