Um boato de que um professor armado estaria ameaçando alunos mobilizou a Polícia Militar no campus da Ufes em Maruípe, na manhã desta sexta-feira (06). Policiais militares estiveram no campus e revistaram o professor e a sala dele. Os militares constataram que ele não estava armado e que a informação de ameaça não procedia.
Em mensagens espalhadas por WhatsApp, alunos diziam que o professor ameaçou colegas e alunos, afirmando inclusive que ele teria feito reféns em um laboratório do campus. Todas essas informações foram desmentidas pela Ufes e pela Polícia Militar. A universidade ainda garantiu que o funcionamento da instituição foi normal e que o prédio não foi evacuado, diferente do que tinha sido espalhado na web.
A reportagem de A GAZETA esteve no local e encontrou com os policiais que revistaram e conversaram com o professor em questão. Eles olharam a sala e a mochila do professor e não encontraram nenhuma arma. Veja abaixo o que se sabe sobre o caso:
1 - O professor mandou um e-mail no grupo de professores com várias letras aleatórias, o que teria gerado desconfiança em colegas. Segundo a PM, ele alegou que tinha tomado remédio e estava com sono no momento em que digitou a mensagem. Os policiais viram o e-mail e não constataram nenhum sinal de ameaça;
2 - Esse professor tem posse de arma, mas não tem porte. Ele é praticante de clube de tiros. Ou seja, ele pode ter a arma, mas não pode circular com ela fora de casa ou do clube de tiros. Policiais revistaram o professor, a mochila e a sala e não encontraram nada. Ainda de acordo com os policiais, o professor posta vídeos de tiro, mas os militares não encontraram nenhuma referência que possa significar ou simbolizar uma ameaça;
3 - Esse professor teria pregado um desenho de um caixão em um mural para sinalizar a morte da educação pública, o que aumentou as desconfianças entre alunos e professores. A PM levou o desenho para a reitoria;
4 - O professor foi revistado e conversou com os policiais, mas não foi levado para a delegacia como circulou nas redes sociais. Por isso, o nome dele não foi divulgado. Segundo os militares, o professor demonstrou "chateação" com o boato.
"A chefia do Departamento de Ciências Fisiológicas da Ufes nega a ocorrência de qualquer fato nesta sexta-feira, 6, envolvendo professor do departamento, que tenha colocado em risco a segurança dos estudantes. Segundo informações do Departamento, mensagens desencontradas deram origem a boatos de que o professor estaria ameaçando estudantes. A equipe de Segurança e Logística da Ufes que atua no campus de Maruípe acompanhou o caso e afirma, categoricamente, que o professor citado não estava armado, não prendeu os estudantes em laboratório e não foi conduzido ao DPJ de Vitória como foi divulgado", diz a nota.
No campus, a reportagem confirmou que aulas não foram suspensas e o funcionamento do prédio está normal.
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