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99 mil atrás de emprego há mais de 1 ano no ES

99 mil atrás de emprego há mais de 1 ano no ES

99 mil atrás de emprego há mais de 1 ano no ES

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 01:47

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(Camila Domingues/ Palácio Piratini)

Dos 257 mil capixabas que estavam sem emprego no segundo trimestre deste ano, 99 mil estão há mais de um ano buscando uma colocação no mercado de trabalho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34 mil pessoas estão procurando emprego há um período entre um e dois anos e 65 mil estão nessa luta há dois anos ou mais. Isso corresponde a 38,5% dos desempregados do Espírito Santo.

Esse número vem crescendo ano a ano, e se multiplicou desde o início da crise econômica no Espírito Santo. No segundo trimestre de 2015, eram 49 mil pessoas buscando uma chance há mais de um ano. No mesmo período do ano passado, esse contingente havia saltado para 128 mil pessoas, o que, felizmente, caiu neste ano.

No país, 3,16 milhões de brasileiros procuram emprego há mais de dois anos, o maior número da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Na média nacional, este número corresponde a cerca de 24% do total de desempregados no país, que ficou em 13 milhões no 2º trimestre.

O motorista de caminhão José Roberto de Andrade, 44 anos, é um deles. Ele perdeu seu emprego em uma empresa de transporte de carga em fevereiro de 2017 e, deste então, tenta voltar ao mercado de trabalho.

“Espalhei uns 70 currículos por aí. Já não coloco nem função específica, aceito qualquer coisa. Algumas vezes tem a vaga, mas, como não tenho 2º grau, não sou escolhido”, lamenta.

Ele também destaca que muitas empresas promoveram forte redução de custo, o que passou a ser empecilho para a contratação para a função em que ele tem mais experiência, mas com a carteira assinada.

“As empresas estão optando pela mão de obra terceirizada, porque é mais barato, já que tem os encargos trabalhistas. Então, já estou pensando em trocar algumas posses por um caminhão, para virar prestador de serviços dessas empresas”, conta.

QUALIFICAÇÃO

Para o economista e professor universitário Mário Vasconcelos, um dos principais motivos do desemprego por tempo prolongado é a falta de qualificação do profissional. Ele orienta que, se possível, o tempo fora do mercado pode ser aproveitado para o aperfeiçoamento pessoal e melhora no currículo.

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“Esse é o momento de usar alguma habilidade para complementar a renda, de procurar estar melhor do que era para conseguir um emprego. Além disso, tem que aproveitar a oportunidade que aparecer, porque, quando a pessoa está empregada, ela fica mais motivada e mais qualificada para alcançar a ocupação que realmente deseja”, observa.

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