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Banestes lucra R$ 170 milhões no ano; resultado do 3º trimestre cai

Banestes lucra R$ 170 milhões no ano; resultado do 3º trimestre cai

Apesar de o lucro de julho a setembro ter crescido 6,2% em relação ao período anterior, o resultado foi 23% menor do que o conquistado nos mesmos meses de 2019

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 14:15

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Data: 08/01/2010 - ES - Vila Velha - Agência do Banestes no bairro Itaparica - Foto: Carlos Alberto Silva
Pandemia tem afetado as receitas do Banestes, embora banco tenha mantido lucratividade mesmo na crise. (Carlos Alberto Silva)

Banestes alcançou resultado de R$ 170 milhões entre janeiro e setembro deste ano. Apesar do cenário positivo quando se olha o desempenho no ano, o banco capixaba apresentou queda no lucro no terceiro trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado.

A receita entre julho e setembro foi de R$ 45 milhões, volume 23% menor que o registrado nos mesmos de 2019, quando o banco capixaba alcançou R$ 58 milhões em resultado líquido. Um dos fatores que teriam contribuído para a retratação foi a taxa Selic – estabilizada, atualmente, em 2% ao ano – e a redução de transações com cartão, por conta do controle de gastos das famílias com esse tipo de crédito agora na pandemia.

Na comparação com o resultado do trimestre imediatamente anterior, entretanto, há sutil melhora: entre julho e setembro, o lucro do banco aumentou em 6,2%. Entre abril e junho, o banco alcançou R$ 42 milhões de lucratividade.

No acumulado do ano, até setembro, o lucro líquido do Banestes de R$ 170 milhões teve evolução de 1,4% quando comparado ao mesmo período de 2019. A alta é puxada pelos resultados do período pré-pandemia. De janeiro a março, o banco atingiu lucro de R$ 83 milhões, um recorde para esse período.

José Amarildo Casagrande, presidente do Banestes, afirma que banco vai agilizar liberação de recursos para empresários
José Amarildo Casagrande, presidente do Banestes, explica resultados do banco. (Ademir Ribeiro/Secom)

Do total, já foram destinados R$ 33 milhões aos acionistas do banco, sendo que, destes, R$ 30 milhões foram repassados ao acionista controlador, que é o Estado, para aplicação em áreas prioritárias definidas no orçamento estadual – uma garantia de receita importante em meio à crise.

Já o faturamento bruto da instituição financeira chegou a R$ 1,6 bilhão (-21,7%) no acumulado do ano, sendo R$ 480 milhões (-30,6%) obtidos no terceiro trimestre.

Segundo o diretor-presidente do Banestes, José Amarildo Casagrande, os resultados menores em relação ao ano passado foram influenciados diretamente pela redução da taxa básica de juros, a Selic, e pela redução de operações de crédito nas empresas, sob efeitos da pandemia do novo coronavírus, que afetou fortemente a economia local.

O faturamento bruto é calculado a partir da soma de alguns componentes, conforme explicou o diretor de Relações com Investidores e Finanças, Fernando Poncio Paiva. Entre eles, as receitas com a prestação de serviços e tarifas bancárias, que somaram no terceiro trimestre o valor de R$ 86 milhões, queda de 8,1% contra o mesmo período de 2019, e no acumulado do ano atingiram R$ 263 milhões, recuo de 2,7%, na mesma comparação.

Os resultados foram influenciados pela queda com atividades com cartões (-1,6%), conta-corrente e depósitos (-7,0%) e gestão e administração de fundos (-8,8%). Já os prêmios retidos no trimestre foram de R$ 44 milhões – um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado – e, no ano, já somaram R$ 119 milhões, apontando um aumento de 0,9% contra o mesmo período de 2019.

“Tivemos essas quedas, mas, por outro lado, nós aumentamos muito nosso volume de crédito. Esse ano já liberamos bilhões de reais em crédito. Somente durante a pandemia, foram de R$ 442 milhões. E estamos reduzindo custos, conseguimos controlar a inadimplência, o que é importantíssimo”, observou o diretor-presidente do banco.

Ele destaca que a pausa no pagamento de parcelas de financiamentos foi um dos fatores que contribuíram para o controle da inadimplência entre os clientes, que encerrou o terceiro trimestre em 1,5% (Carteira de Crédito Ampliada) e 2,4% (Carteira de Crédito Comercial), ambas menores quando comparadas ao mesmo período de 2019, ou ao trimestre anterior.

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“Foi uma medida que ajudou a dar fôlego às pessoas, às empresas. Muitos precisavam dessa pausa para poder se adequar ao momento, e até mesmo para conseguirem acesso a outros créditos. Isso, somado à modernização dos serviços, inclusive criação da agência digital, foi extremamente benéfico.”

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