Publicado em 31 de agosto de 2017 às 11:09
Unir paixões pode ser a saída para ter o trabalho dos sonhos. É o que faz o mestre em Ecologia e biólogo Alexander Tamanini Mônico, de 24 anos. Pesquisador no Instituto Nacional da Mata Atlântica, em Santa Teresa, região Serrana do Espírito Santo, ele junta a profissão à fotografia e já ganhou seis concursos, um deles no Congresso Brasileiro de Herpetologia, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na categoria de votos pela internet - o prêmio principal.>
A paixão pela reprodução fotográfica, como conta, é algo que o acompanha desde sempre, assim como o amor pela natureza. Sempre quis estudar biologia ou veterinária. E também sempre gostei de fotografar, mas não tinha oportunidade de fazer cursos de especialização, lembra o biólogo, que se considera um amador.>
As imagens são produzidas com uma câmera semiprofissional DSC-H300 e a iluminação, quando a produção acontece à noite, é feita com uma lanterna, para que a luz fique o mais natural possível. Os cursos que Alexander faz são a distância, além de buscar dicas de manuseio na internet.>
Mesmo assim, a prática e o amor pelas duas funções proporcionam muitos prêmios para o jovem. Seis ao todo, sendo o mais recente o primeiro lugar no 8º Congresso Brasileiro de Herpetologia, em Campo Grande, em agosto deste ano. Os prêmios foram nas categorias "Votação pela internet" e "Prêmio Principal". E, ainda, outras três fotos foram selecionadas para o calendário da Sociedade Brasileira de Zootecnia.>
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PREMIADO>
Os prêmios surgem desde antes do início da carreira do biólogo. Em 2013, Alexander ganhou a primeira câmera fotográfica digital, um modelo simples, mas que nas mãos dele, o fez conquistar o primeiro lugar no concurso de fotografia do Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica, em Santa Teresa, quando estava no segundo ano do Ensino Médio. Eu nem gosto tanto assim da foto, brinca.>
Depois disso, começou a procurar cursos online e, com o tempo, conseguiu a câmera semiprofissional que é o instrumento que o acompanha até hoje.>
Ele enfatiza o orgulho que a mãe sente pelo filho ter chegado onde chegou, já que ele vem de uma cidade pequena, São Roque do Canaã, Noroeste do Estado. Minha mãe sempre fala 'nossa meu filho, você saiu de um lugar tão simples, olha só onde está agora'", destaca.>
Ele explica que Santa Teresa é o lugar em que existem mais anfíbios no mundo, cerca de 100 espécies descobertas e, de acordo com ele, o número deve aumentar. Por isso a fotografia que levou o prêmio nacional tem, para ele, um reconhecimento especial.>
Mas não só o prestígio e reconhecimento que valem. Alexander ressalta a importância de mostrar isso para outros públicos. É interessante por que a fotografia ajuda a valorizar o meio ambiente, porque as pessoas acabam conhecendo, ressalta.>
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