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Termina o protesto de rodoviários contra retirada de cobradores do Transcol

Termina o protesto de rodoviários contra retirada de cobradores do Transcol

O grupo é contra a retirada de cobradores dos ônibus do Transcol e teme mais demissões. A manifestação chegou ao fim por volta de meio-dia após os rodoviários serem informados sobre reunião marcada com o governo do Estado nesta terça-feira (19)

Publicado em 18 de maio de 2020 às 13:28

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Protesto de rodoviários em Vitória
Protesto de rodoviários em Vitória. (Reprodução/TV Gazeta)

O protesto dos rodoviários, que teve início na manhã desta segunda-feira (18), no Centro de Vitória, chegou ao fim no início da tarde.  Os manifestantes temem ser demitidos após o período de estabilidade garantido com a decisãodo governo do Estado de suspender o contrato de cobradores, com a manutenção da renda. A manifestação chegou ao fim por volta de meio-dia, depois que os rodoviários foram informados sobre uma reunião marcada com o governo estadual.

De acordo com manifestantes, em informações passadas para a TV Gazeta, o ato chegou ao fim de forma temporária na tarde desta segunda (18) porque os rodoviários receberam a informação de que nesta terça-feira (19) haverá uma reunião, através de videoconferência, entre sindicalistas, trabalhadores, Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho, empresas de ônibus e o governo do Estado. 

Os rodoviários afirmam, porém, que não está descartada a volta da manifestação, caso a reunião desta terça-feira termine sem que as reivindicações da categoria sejam atendidas. 

 A decisão de suspender contratos e de reduzir a carga horária de outros trabalhadores se deu porque o sistema Transcol deixou de aceitar, desde domingo (17), dinheiro como forma de pagamento como uma das medidas de prevenção ao coronavírus. A categoria chegou a organizar uma greve, com início de domingo (17), mas o movimento não foi adiante porque a Justiça proibiu que o Sindicato dos Rodoviários paralisasse o serviço

REIVINDICAÇÕES

Os rodoviários são contra a retirada de cobradores dos ônibus do Transcol e temem serem demitidos após o período de estabilidade garantido com a decisão de suspender o contrato de cobradores. Conforme prevê medida provisória do Governo Federal, a decisão garante uma estabilidade de quatro meses para esses trabalhadores. 

Eles pedem, ainda, a oferta de cursos preparatórios e a possibilidade de os cobradores fazerem aulas de direção e passarem para outras funções, como motoristas. 

Procurada, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que as demandas sobre o movimento devem ser enviadas para a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi).

Procurado, o governo  do Estado respondeu que não entende a motivação para qualquer tipo de paralisação, uma vez que esses profissionais serão afastados fazendo o uso da Medida Provisória 936, pelo período de 60 dias, garantindo a remuneração em dia com todos os benefícios e já que cerca de 60% dos cobradores afetados por essa medida já assinaram a decisão.

O governo completou que, por meio da Semobi, vem conversando com representantes da categoria para fazer com que ações de controle, combate e cuidados dos profissionais sejam tomadas com a manutenção de emprego. E disse, ainda, que após esse prazo de 60 dias os cobradores serão reintegrados ao trabalho que já realizavam antes da adesão à medida provisória. 

CONGESTIONAMENTO

Os rodoviários fecharam parcialmente as avenidas Getúlio Vargas e Jerônimo Monteiro, no Centro de Vitória, liberando apenas uma faixa em cada sentido. O ato gerou muita lentidão no trânsito. O congestionamento no sentido Bento Ferreira atravessou a Vila Rubim e se estendeu até a Segunda Ponte, afetando também o trânsito nas Cinco Pontes e na região de São Torquato, em Vila Velha. Após o fim da manifestação,às 12h, a movimentação do trânsito voltou a ser normalizada. 

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