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Gaby Amarantos fala de representatividade: 'A gente só quer existir'

Gaby Amarantos fala de representatividade: 'A gente só quer existir'

Cantora paraense participou do Programa do Porchat nesta quarta, 4

Publicado em 5 de julho de 2018 às 15:59

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A cantora Gaby Amarantos durante sua participação no Programa do Porchat. (Reprodução / RecordTV)

A cantora Gaby Amarantos falou de racismo, empoderamento feminino e igualdade social durante o Programa do Porchat, que foi ao ar nesta quarta-feira, 4. Conhecida por suas opiniões fortes e sinceras, a paraense não fugiu dos temas fortes e falou sobre todos em conversa com o comediante.

Gaby afirmou, por exemplo, que procura usar sua popularidade de artista e figura pública para mostrar temas relevantes. "Eu gosto de mostrar as coisas que são importantes e que eu sou uma pessoa normal. [Mas] As pessoas levam muito a sério tudo o que a gente fala, então tem que ter muita cautela para dar opinião", explicou, dizendo que não se priva de falar o que pensa sempre que julga necessário. "Eu sempre fui uma artista que deu opinião, nunca fui uma artista que se acovardou ou deixou a sociedade oprimir", declarou.

Entre os temas, claro, estão racismo, preconceito contra a mulher e os índios. A cantora relembrou, por exemplo, uma participação em um episódio do programa "Saia Justa", do GNT, em que falaram sobre a solidão da mulher negra. "Eu chorei muito, me emocionei muito, porque é um assunto que agora a gente está começando a falar no Brasil", contou. "A maioria dos homens brasileiros cresceram [sic] vendo a mulher branca, do olho azul, magra, como a mulher para casar, porque a mulher negra era a empregada doméstica, ou era a mucama como hoje é a babá", refletiu, completando: "Hoje, a gente começa a ver essa mulher negra como uma parceira, alguém para amar. Estamos aqui para ser amadas", afirmou.

Gaby também contou que sofreu racismo desde pequena, mas nunca achou que tinha espaço para lutar contra isso. Hoje, enxerga diferente e trabalha para dar mais representatividade - sua banda, por exemplo, é composta por mulheres negras. "A gente só quer igualdade, sabe, entre negros e brancos, homens e mulheres, não tirar o lugar de ninguém. A gente só quer existir, poder ser médico, juiz", afirmou.

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Para ela, esse movimento de encontrar o espaço de direito está só começando. E ainda mandou um recado: "A palavra empoderamento é muito importante. Tem gente que tem raiva, [diz que] não aguenta mais, é gente que não quer ver a igualdade chegar no Brasil, é gente que não quer ver o negro, a negra, em um lugar de poder. [Mas] não tem mais volta".

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