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'Éramos Seis' termina com audiência em alta e volta de Alfredo ao Brasil

'Éramos Seis' termina com audiência em alta e volta de Alfredo ao Brasil

Alfredo descobre ser pai do filho de Inês, mas expectativa é que ele termine com Adelaide

Publicado em 26 de março de 2020 às 15:21

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Adelaide (Joana de Verona) e Alfredo (Nicolas Prattes) em cena de
Adelaide (Joana de Verona) e Alfredo (Nicolas Prattes) em cena de "Éramos Seis". (João Miguel Júnio/Globo)

Em seu quinto remake, "Éramos Seis" termina nesta sexta-feira (27) com a audiência em alta e mudanças significativas em relação ao livro homônimo de Maria José Dupré e suas outras versões para a televisão. Além do final feliz para Lola (Gloria Pires), que se casa com Afonso (Cássio Gabus Mendes), Alfredo (Nicolas Prattes) vai voltar para o Brasil, diz o diretor Carlos Araújo à reportagem.

Depois da cerimônia de união entre Lola e Afonso, que será apresentada no capítulo desta quinta-feira (26), a novela terá um salto de dez anos. Nesse período, Alfredo realiza o sonho e se torna marinheiro nos Estados Unidos. Ele vai também atuar na Segunda Guerra Mundial.

Mas, depois disso, ele retorna ao Brasil e, segundo a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, ele vai descobrir que é o verdadeiro pai de León, filho que teve com Inês (Carol Macedo), mas que foi assumido por Lúcio (Jhona Burjack), com quem a enfermeira se casou. Alfredo vai ficar muito feliz com a novidade.

A expectativa, porém, é que o jovem termine a trama ao lado da feminista Adelaide (Joana de Verona). Para Nicolas Prattes, que estava escalado inicialmente para viver Carlos (papel que foi feito por Danilo Mesquita) e pediu para ser Alfredo porque gostaria de fazer um personagem diferente do que estava habituado, interpretar o jovem problema da família Lemos foi desafiador.

"No caso de Alfredo, eu tive pouco tempo para preparar e é um personagem muito intenso, que você pode esperar qualquer coisa dele. Eu tinha que estar muito seguro, então, foi muito desafiador nesse sentido. A sensação é de dever cumprido, uma sensação muito prazerosa e de muita alegria", afirma o ator.

Além do retorno de Alfredo e do casamento, os últimos capítulos trazem a exposição de Justina (Julia Stockler), que conseguiu se livrar dos traumas do passado e da relação conturbada com a mãe, Emília (Susana Vieira); Zeca (Eduardo Sterblitch) será eleito prefeito de Itapetininga; Lola vira avó -Isabel (Giullia Buscacio) e Felício (Paulo Rocha) tem uma filha chamada Cecília.

As cenas finais devem mostrar ainda uma celebração de Natal. Um dos poucos que não se dá muito bem no fim é Julinho (André Luiz Frambach). Embora consiga o que sempre quis, ficar rico, ele vai perceber que não valeu a pena se casar com quem não amava, Soraia (Rayssa Bratillieri), só por dinheiro.

Para a Globo, o resultado de "Éramos Seis" é muito positivo. Na semana do dia 16 a 21 de março, a novela bateu recorde de audiência -mas vale lembrar que, no período, começaram as restrições do governo para a população não sair de casa por causa do novo coronavírus.

No Painel Nacional de Televisão (PNT), a novela marcou 25 pontos de média na semana (cada ponto do Kantar Ibope equivale a 260.558 domicílios). Segundo a emissora, a última vez que uma novela das seis registrou média semanal superior foi em setembro de 2017, quando foram exibidos os últimos capítulos de "Novo Mundo" -trama que, aliás, será reprisada na faixa a partir do dia 30 de março.

Em São Paulo, "Éramos Seis" marcou na última semana 25 pontos (cada ponto equivale a 74.987 casa), e no Rio de Janeiro, 29 (cada ponto na região equivale a 47.454 domicílios).

ERROS E ACERTOS

Para a autora Angela Chaves, embora o livro "Éramos Seis" seja de 1943 e o enredo se passe entre as décadas de 1920 e 1940, "uma boa história tem sempre seu lugar, atravessa gerações". "A saga da família Abilio de Lemos, de seus familiares e amigos, nos toca por sua simplicidade, beleza e realismo", diz.

Doutor em ciências da comunicação pela USP (Universidade de São Paulo), Claudino Mayer, concorda que a novela aborda temas universais como as relações familiares e, por isso, conquistou um público cativo do horário das seis. Na visão dele, porém, a trama teve um ritmo lento e poderia ter feito mudanças mais cedo na trama para conversar com o público de hoje.

"Esse é um horário que pede romance, o público gosta de torcer por casais. A história entre Lola e Afonso poderia ter começado mais cedo para cativar um outro público", diz Mayer.

Para ele, também faltaram mais ganchos entre o fim de um capítulo e começo de outro, o que daria mais agilidade e despertaria o interesse para a trama. Na visão de Mayer, a personagem da tia Emília (Susana Vieira) foi outro ponto que frustrou o telespectador, já que ela não se destacou no folhetim, como era esperado.

Por outro lado, o núcleo de Itapetininga, com o casal Zeca e Olga (Maria Eduarda de Carvalho) foi um dos pontos altos da história. "Proporcionaram momentos de descontração, que é algo que esse horário pede", diz Mayer.

Para o especialista, o grande destaque é a atuação de Gloria Pires, que imprimiu uma Lola muito realista, em que as pessoas conseguem se identificar com a personagem. Ele cita a cena em que ela perde o filho mais velho, Carlos, atingido por uma bala perdida em uma manifestação, como uma das mais emocionantes da trama.

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Gloria Pires disse que ficou muito satisfeita com a repercussão positiva do drama e contou que é espectadora de "Éramos Seis". "Assisto a novela como se não soubesse o que irá acontecer. E me emociono, morro de rir, me envolvo", afirmou. Depois do fim das gravações, na última terça (16), Pires contou que acordou com "um vazio".

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