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Camiseta das Spice Girls é feita em fábrica que paga R$ 1,70 a hora

Camiseta das Spice Girls é feita em fábrica que paga R$ 1,70 a hora

As camisetas com os dizeres #IWannaBeASpiceGirl ("Quero ser uma Spice Girl") são produzidas em sua maioria por mulheres, que se dizem forçadas a trabalhar 16 horas por dia e insultadas se não atingem as suas metas

Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 18:36

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Spice Girls com a camiseta ENTITY_sharp_ENTITYIWannaBeASpiceGirl, vendidas a 20 libras cada. (Comic Relief/Reprodução/Divulgação)

Uma investigação do jornal britânico The Guardian revelou que as camisetas promovidas pelo grupo Spice Girls, em prol da igualdade de gênero, são produzidas em uma fábrica em Bangladesh onde as funcionárias recebem R$ 1,70 pela hora de trabalho.

As camisetas com os dizeres #IWannaBeASpiceGirl ("Quero ser uma Spice Girl") são produzidas em sua maioria por mulheres, que se dizem forçadas a trabalhar 16 horas por dia e insultadas se não atingem as suas metas.

Há inclusive casos de funcionárias dessa fábrica que desmaiaram ao longo do expediente. Ao jornal britânico, uma delas disse que trabalha em condições desumanas.

"É inverno, os meus filhos precisam de roupas quentes, mas nos últimos meses tenho-lhes dito para esperar, porque ainda não tenho dinheiro para as comprar", declarou.

A fábrica pertence a um ministro do governo de Bangladesh, e as camisetas produzidas custam £ 19,40 (cerca de R$ 93,6) cada. Desse valor, £ 11,60 libras (R$ 55,9) são revertidos para a campanha.

No entanto, a Comic Relief, organização britânica de caridade que deveria receber o dinheiro da campanha, disse que ainda não recebeu nenhum valor e que está "chocada a revoltada" com a notícia. Um porta-voz das Spice Girls disse estar "profundamente chocado e estupefato".

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A empresa responsável pela fábrica, a Interstoff Apparels, diz que as denúncias apresentadas pelo jornal "simplesmente não são verdade".

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