> >
'Tenho convicção de que o filme será mal interpretado', diz ator

"Tenho convicção de que o filme será mal interpretado", diz ator

Diretor, elenco e roteiristas falam com exclusividade ao Gazeta Online

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 21:59

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O Doutrinador. (Aline Arruda)

Kiko Pissolato pode ainda não ser um rosto tão conhecido do grande público, mas já passou por muitos palcos de teatro e papéis importantes na TV. Fez participação em “Avenida Brasil” e depois ganhou um papel fixo em “Amor à Vida” como Maciel, que formou par com Susana Vieira e caiu no gosto do público. Em 2014 assinou com a Record e esteve em “Os Dez Mandamentos”. Kiko agora diz ter encontrado o papel de sua vida em “O Doutrinador”.

A reportagem se sentou com ele na última semana, em São Paulo, para falar sobre o filme.

Você já tinha contato com o material original?

Eu tinha por essas coincidências da vida que não são bem coincidências e sim fatos determinados pelo universo (risos). Eu tinha sido atropelado e tava me recuperando de cirurgia quando um amigo escritor foi me visitar. Ele me disse “o personagem é a tua cara e vai virar filme. Você tem que fazer o teste”. Eu falei que não ia adiantar, que eles iam chamar um desses “famosões”, mas aí me ligaram para fazer o teste e eu falei: é meu!

Você tem o receio de o filme ser mal interpretado?

Não tenho essa preocupação, mas tenho plena convicção de que o filme será mal interpretado. Faz parte. As pessoas vão interpretar da maneira que elas quiserem. Mas eu tenho clara noção do que a gente quer com o projeto. A gente quer entreter. A gente fez um filme de ação em que o mais importante é a sensação de liberação catártica que isso vai liberar nas pessoas. Como estamos num momento de carne viva, de ânimos à flor da pele, isso vai acontecer.

A gente está nesse momento há uns anos...

Mas esse é o pior. Talvez a eleição tenha aflorado mais essa polarização, mas a gente não tem que se colocar de lado nenhum com um filme de fantasia.

É seu primeiro trabalho grande no cinema?

É... Eu fiz o “Os Dez Mandamentos”, mas foi como parte da novela, e fiz muitos filmes independentes.

É legal a gente fazer um filme de gênero, um filme de ação que não se faz tanto no Brasil...

A nossa pretensão é que isso abra oportunidades pra que novos projetos ganhem vida. Temos muitos autores de HQ e quadrinistas que não têm oportunidade de colocar em prática, levar pra tela. Temos o “Tungstênio”, do Marcelo Quintanilha, que virou filme, o “Turma da Mônica Laços”, que está virando. O cinema está num momento muito interessante, tomara que não tenhamos uma interrupção dessa produção nos próximos anos.

Você, como herói de um filme de ação, apanha bastante e acabou trabalhando diretamente com o Rodrigo Aragão, que é meu conterrâneo. Como foi essa experiência?

Virei um fã absoluto do trabalho dele. Ele assustou bastante a gente dentro da sua genialidade (risos). Eu não conhecia o trabalho dele e depois fui pesquisar e ver. Já me coloquei à disposição dele para trabalhar num próximo filme. A maneira como ele trabalha com poucos recursos e faz o que ele faz... Ele era mais uma criança no elenco explodindo coisas (risos).

Você fez alguma preparação física para o papel?

Eu sempre fiz. Acho que isso contribuiu pra eu ser escolhido pelo filme. Eu peguei algumas coisas específicas. Lutei a vida toda, mas fui pegar arte marcial russa, militar, sistêmica pro filme. Também aprendi a lidar com armas, porque nunca tinha segurado uma que não fosse cenicamente. O fã de HQ, o fã do Doutrinador esperava essa destreza, essa credibilidade do personagem.

Confira as entrevistas:

Kiki Pissolato e Tainá Medina:

Gustavo Bonafé e Renata Rezende:

 

Luciano Cunha e Gabriel Wainer:

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais