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Mônica Martelli fala sobre casamentos em 'Minha Vida em Marte'

Mônica Martelli fala sobre casamentos em "Minha Vida em Marte"

Depois do sucesso do monólogo "Os Homens são de Marte... e É Pra Lá Que Eu Vou", atriz apresenta a inevitável continuação

Publicado em 16 de abril de 2018 às 22:35

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Prestes a completar 50 anos – a serem comemorados no próximo dia 17 de maio – a atriz Mônica Martelli não poderia estar mais realizada. Atriz, mãe de Julia, de 8 anos, e apresentadora do programa “Saia Justa”, do GNT, ela é criadora de “Os Homens são de Marte... e É Pra Lá Que Eu Vou”, peça que foi vista por mais 2.5 milhões de espectadores em seus 12 anos em cartaz – um dos maiores sucessos do teatro brasileiro.

A comédia, que também virou filme e série, agora ganha uma continuação: “Minha Vida em Marte” será apresentada nos dias 20, 21 e 22 de abril, sexta, sábado e domingo, no Teatro da Ufes, em Vitória. Na nova montagem, Fernanda, que na primeira peça estava à procura de um grande amor, agora está com 45 anos e casada há oito anos com Tom, com quem ela teve uma filha. Como em qualquer casamento, Fernanda tem que lidar com questões comuns, como a diminuição da libido, intolerâncias, falta de cuidado um com outro e a luta para um casamento dar certo. O monólogo bem-humorado é inspirado novamente na própria história da atriz, que já passou pela crise no casamento e sofreu a dor de um divórcio.

Em junho, Mônica se reúne com o ator e amigo Paulo Gustavo para filmar a continuação do filme, que será lançada no dia 27 de dezembro. Em entrevista ao C2, ela conta como transforma sua vida em arte e suas experiências sobre relacionamento.

Em “Minha Vida em Marte”, quais são os anseios de Fernanda?

Ela está casada há oito anos e em crise no casamento. Ela corre atrás pra dar certo, tenta buscar aquele brilho no olhar do início do relacionamento. Eu sempre digo que ela luta porque ninguém casa para se separar, todo mundo casa na esperança de dar certo. O casamento é um ciclo, tem fases boas e ruins. Mas quando a fase ruim toma conta, tem que repensar o porquê de estar casado.

Quando escreveu a primeira peça imaginava uma continuação?

Sempre tive vontade de escrever a continuação e consequentemente ia ser o que eu estivesse vivendo. O momento da personagem é inspirado na minha vida de cinco anos atrás. Mas depois da minha separação, esperei o tempo passar, até me distanciar de tudo para escrever. Acho que é preciso ter esse olhar de fora.

E você não tem medo de expor sua vida pessoal?

Não. A partir do momento que eu escrevo, aquilo já não é mais meu, é texto. Acho que o sucesso da peça e da série porque eu divido os meus sentimentos, as minhas angústias, minhas alegrias... Isso faz com que a peça ser muito verdadeira.

Na crise, até onde vale ir para salvar o casamento?

Enquanto existe amor, acho que tudo o que você pode fazer, contando que não vá ferir nenhum sentimento ou princípio seu. A gente também não pode passar por cima de certas coisas pra poder manter um projeto família feliz. Casamento é construção, são muitos laços, então vale a pena a gente investir muitas coisas no casamento, tentar sair da rotina, viajar, ter a delicadeza no dia a dia, fazer o homem entender que ele tem que “ajudar” em muitas coisas. Mas acho que a gente tem que se perguntar de vez em quando se é mais uma crise ou se chegou ao final. Eu sempre me perguntava.

Você ainda acredita no casamento?

Eu não sei se me casaria novamente, mas acho que moraria na mesma casa, dividiria a vida com alguém que eu amo. Amo compartilhar a vida com alguém, é sempre maravilhoso. Mas acho que a gente vai se transformando ao longo do tempo, a pessoa que sou hoje definitivamente não é a pessoa que eu era há 10 anos, há 5 anos. Um dos problemas das relações é que você faz um pacto, só que você vai mudando e a outra pessoa também. Esses pactos têm que ser refeitos.

Você estourou aos 36 anos, teve sua filha aos 41, é uma mulher independente. Acha que é referência?

Sou um exemplo de persistência e de que pode dar certo. É possível. Aos 50 anos estou no meu auge, sou capa de revista e escrevo minhas coisas. Tenho muita alegria de tudo o que conquistei e sei o quanto eu batalhei pra estar aonde estou. Temos que inventar uma vida pra gente, sem seguir padrões. Acho que nem todos os padrões que estão aí são o padrão certo pra gente.

Minha Vida em Marte

Quando: sexta-feira (20), às 21h, sábado (21), às 21h, e domingo (22) às 18h.

Onde: Teatro Universitário da UFES. Av. Fernando Ferrari, 514 – Campus da UFES, Vitória.

Ingressos: térreo: R$ 50 (meia); mezanino R$ 30,00 (meia). Ingressos à venda em www.tudus.com.br e na bilheteria do teatro.

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Informações: (27) 3029-2765

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