Chegar a menos de mil homicídios será marco importante para o ES

Caso se confirme a redução, o ano de 2019 passará a ser um referencial para esta década, coroando políticas de Estado com foco na redução da violência

Publicado em 04/11/2019 às 04h00
Atualizado em 04/11/2019 às 04h01
O bucolismo e a tranquilidade de Alfredo Chaves, no Sul do Estado. Crédito: Divulgação
O bucolismo e a tranquilidade de Alfredo Chaves, no Sul do Estado. Crédito: Divulgação

Alfredo Chaves tem dado um sopro de paz para o Espírito Santo nos últimos cinco anos, já que não há registro de assassinatos na cidade nesse período. O município da Região Serrana, um dos 19 do Estado sem mortes violentas em 2019, simboliza a onda de redução de homicídios que enche o capixaba de otimismo, já há algum tempo acostumado a não encontrar mais o Estado encabeçando os rankings nacionais de violência.

E uma marca importante pode ser atingida em 2019: a de menos de mil homicídios assinalados em um ano. O governador Renato Casagrande, durante a abertura do 14° Encontro de Lideranças Empresariais da Rede Gazeta, em Pedra Azul, fez a previsão, baseado em tendências estatísticas com potencial de se consolidar. Caso se confirme, será um referencial para esta década. Segundo o governador, em 2010, foram 1.845 assassinatos no Estado, uma relação de 50,1 homicídios por grupo de 100 mil pessoas. Em 2019, a perspectiva é que fique em torno de 23 por 100 mil.

Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) deixam evidente a tendência de queda: enquanto em 2017 ocorreram 1.408 homicídios no Espírito Santo, no ano seguinte, 2018, foram 1.109. Vale lembrar da explosão de violência ocorrida durante a greve da PM, em 2017, o que explica uma queda tão abrupta de um ano para o outro. Se os números de 2019 saírem mesmo da casa dos milhares, a redução também será considerável, com pelo menos 110 mortes a menos que em 2018.

São números que podem coroar as políticas de Estado na segurança pública, como a integração policial, que vêm sendo implementadas desde meados da década passada. A consistência das medidas e o comprometimento dos governos que se sucederam se refletem na redução das mortes.

Mas os dados ainda são alarmantes, as autoridades não podem relaxar. Principalmente porque ainda não há sensação de segurança: os êxitos nos homicídios ainda precisam se repetir principalmente nos crimes contra o patrimônio.

Não se trata de uma comemoração antecipada, mas de um desejo de que os últimos meses do ano garantam a tranquilidade necessária para melhorar a estatística. Não são apenas números na planilha, são vidas que deixarão de ser perdidas para a violência.

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