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Taxação de alumínio e aço é ruim até para os EUA, diz presidente do BC

Taxação de alumínio e aço é ruim até para os EUA, diz presidente do BC

Ilan critica medida. No Twitter, Trump diz que Canadá e México podem ser isentos

Publicado em 5 de março de 2018 às 15:16

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Indústria brasileira teme que países afetados pela sobretaxação do aço e do alumínio busquem destinar as vendas a outros mercados consumidores. (Wilson Dias/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira que a taxação pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio importados seria uma medida negativa de maneira geral, afetando inclusive os próprios norte-americanos.

— Não há um cálculo específico, mas se sabe que é prejudicial não só ao Brasil, mas ao mundo todo. Uma guerra tarifária, protecionismo no mundo todo. Comércio no mundo diminuindo vai ter impacto em todo o mundo, isso afeta o Brasil no final das contas. Acho que é ruim inclusive para os Estados Unidos — afirmou Ilan em entrevista à rádio CBN. — O que acontece é que vai ter preços mais caros, tudo vai ter uma tarifa a mais — acrescentou.

O presidente do BC avaliou, por outro lado, que os EUA podem desistir da investida diante da forte reação negativa e da ameaça de retaliação por outras nações.

CANADÁ E MÉXICO DE FORA

Nesta manhã o presidente dos EUA, Donald Trump, aparentemente sugeriu que o Canadá e o México poderão ser isentos das planejadas tarifas sobre as importações de aço e alumínio se os dois países assinarem um novo acordo comercial do Nafta e tomarem outras medidas.

Pelo Twitter, o republicano condicionou a aplicação da nova taxação à renegociação do acordo. “Temos grande déficit comercial com o México e o Canadá. O Nafta, que está sob renegociação bem agora, tem sido um mau negócio para os EUA. Saída massiva de empresas e empregos. A tarifa sobre aço e alumínio só vai ser retirada quando um novo e justo acordo com o Nafta for assinado”

Na semana passada, Trump afirmou que os EUA aplicariam uma taxa de 25% sobre o aço importado e de 10% sobre o alumínio para proteger os produtores nacionais, anúncio que chocou parceiros comerciais, alarmou líderes da indústria e deteriorou os mercados acionários.

No Brasil, o Ministério da Indústria e Comércio Exterior publicou nota apontando que o país deverá recorrer se a decisão de Trump for confirmada.

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“O governo brasileiro não descarta eventuais ações complementares, no âmbito multilateral e bilateral, para preservar seus interesses no caso concreto” dos produtos brasileiros serem incluídos na medida de proteção comercial norte-americana, afirmou o ministério em nota.

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