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Retomada de 43 obras federais pode criar 5 mil empregos no ES

Retomada de 43 obras federais pode criar 5 mil empregos no ES

Empreendimentos parados no Estado somam R$ 262 milhões em investimentos

Publicado em 13 de abril de 2019 às 00:02

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(Divulgação)

O retorno de obras federais no Espírito Santo pode abrir uma janela de oportunidades e criar 5 mil postos de trabalho diretos e indiretos no Estado. Levantamento feito pelo Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) mostra que nos municípios capixabas, 43 empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, estavam parados em junho de 2018, totalizando R$ 262,71 milhões em investimentos importantes para a retomada da economia.

Entre os projetos suspensos, nove foram abandonados pela empresa contratada. Outros doze aguardam a liberação de recursos para serem reiniciados. Além disso, há 13 em situação de reavaliação técnica.

Retomada de 43 obras federais pode criar 5 mil empregos no ES

O maior número de obras paradas são de saneamento. São 12 no total. Depois, estão as creches, que somam 11 casos. Depois têm sete unidades básicas de saúde. Praças, centros de esportes e pavimentação também estão na lista de empreendimentos que aguardam aval do governo federal para recomeçarem.

Os dados são de junho de 2018. Porém, de acordo com o Sindicato da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon), as construções ainda não foram retomadas pela União até hoje. No território capixaba há casos de obras que foram iniciadas em 2014, mas que não chegaram nem a 2% de conclusão. Um exemplo é uma unidade de ensino infantil em Fundão que está longe de sair do papel, mas deveria ter ficado pronta em dezembro do ano passado.

Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil do Espírito Santo, Paulo Baraona, a quantidade de obras paradas no Brasil choca ao mostrar a paralisação de intervenções essenciais para melhorar a qualidade de vida da população e ao revelar também o grande desperdício de dinheiro público.

“O setor da construção defende a retomada dessas milhares de obras paralisadas como forma de ajudar o país a entrar nos eixos e ser uma grande alavanca para um novo estágio de crescimento”, explica.

Segundo o estudo da Cbic, um total de 4.669 obras do PAC estavam paradas em junho de 2018 em todo o país: 1.709 eram unidades básicas de saúde (UBS) e 969 creches e pré-escolas.

O PAC foi criado durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) para alavancar investimentos em obras consideradas fundamentais, como de infraestrutura e também nas áreas de educação e saúde.

Segundo o presidente da Cbic, José Carlos Martins, essas obras já consumiram R$ 70 bilhões do orçamento público. Para ele, não concluí-las é o mesmo que jogar dinheiro fora.

Durante evento da Cbic, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, reconheceu que existe um problema orçamentário, mas que o governo deve remanejar recursos para realizar as obras do PAC.

“Temos uma lista de obras prioritárias no Ministério da Infraestrutura que vamos atacar para entregar o mais rápido possível”, disse aos jornalistas.

O secretário especial do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) do governo federal, Adalberto Santos de Vasconcelos, que também estava presente no evento promovido pela Cbic, disse que as obras paradas do PAC ficarão sob a responsabilidade dos ministérios - as obras de unidades básicas de saúde, por exemplo, serão acompanhadas pelo Ministério da Saúde.

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