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Preço da gasolina subiu 7,7% durante greve de caminhoneiros, segundo ANP

Preço da gasolina subiu 7,7% durante greve de caminhoneiros, segundo ANP

Com escassez, número de postos visitados entre 27 de maio e 2 junho recua 85%

Publicado em 5 de junho de 2018 às 02:49

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Fila gigantesca em posto com gasolina a R$ 1,96 em Vitória. (Bernardo Coutinho | GZ)

Nem a Agência Nacional do Petróleo (ANP) conseguiu encontrar postos com gasolina durante a greve dos caminhoneiros. Segundo dados divulgados pelo órgão na noite desta segunda-feira (4), o número de estabelecimentos com combustível disponível para a coleta de preços — realizada semanalmente — recuou 85% na semana entre 27 de maio e 2 de junho. Mais que escasso, os combustíveis ficaram mais caros durante a paralisação. O litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 4,614, uma alta de 7,7% em relação à semana encerrada no dia 19 de maio, antes do início dos protestos, quando saía por R$ 4,28. É o maior valor desde o início da série história da ANP, em 2013.

A greve dos caminhoneiros durou 11 dias, de 21 a 31 de maio. O número de postos de gasolina visitados antes dos protestos girava em torno de 5.800. Entre 20 a 26 de maio, quando as estradas começaram a ser bloqueadas, a amostra caiu para 5.627. Na semana seguinte, recuou para apenas 485. O quadro foi semelhante para os outros cinco combustíveis acompanhados pela ANP, como diesel e etanol. O órgão não deixou claro, no relatório, se a discrepância entre amostras compromete a comparação de preços médios.

A alta dos preços de gasolina ocorreu em todos os estados brasileiros, sempre na comparação com a semana anterior ao início da greve. O maior aumento foi registrado no Distrito Federal, onde o litro do combustível passou a ser vendido, em média, por R$ 4,849, alta de 14,34%. No Rio, a alta foi de 4,93%, para exatos R$ 5, em média. O valor máximo no estado, no entanto, chegou a R$ 5,399.

Na capital fluminense, só seis estabelecimentos foram encontrados para coleta. Antes da greve, a coleta contava com cerca de 80 revendedores. Os cariocas pagaram, na semana até o dia 2, média de R$ 5,016 pela gasolina, alta de 5,53% em relação aos preços de antes da greve.

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No período analisado pela ANP, a Petrobras anunciou 12 reajustes de preços da gasolina às distribuidoras. Entra altas e quedas, o combustível variou de R$ 1,933, em 12 de maio, para R$ 1,967, em 31 de maio, sempre sem contar os tributos. Depois do fim da paralisação, a petroleira anunciou mais três reajustes. O último foi uma queda de 0,68%.

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