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Petrobras deve contratar plataformas no Espírito Santo

Petrobras deve contratar plataformas no Espírito Santo

Serviços e tecnologia de empresas locais também podem entrar no novo Plano de Negócios da estatal

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 01:37

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Estaleiro Jurong, no Norte do Estado: empresa constrói plataformas . (Fernando Madeira)

O novo Plano de Negócios da Petrobras (2019-2023) deve contemplar a contratação de construção de plataformas próprias, inclusive no Espírito Santo, além de empresas e tecnologia capixabas, o que pode movimentar ainda mais a cadeia produtiva do setor de petróleo e gás nos próximos anos, composta por cerca de 340 empresas.

O plano só será lançado em dezembro, mas a informação de que a estatal pretende retomar esses investimentos foi ventilada durante o evento Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro, na última semana. E o Espírito Santo é apontado como um dos Estados favoritos para construir as plataformas porque mantém uma estrutura de prestação de serviços competitiva nessa área, além do estaleiro Jurong, em Aracruz.

“O conjunto de medidas tomadas nos últimos dois anos pela Petrobras vai ter um reflexo muito positivo para o Estado, que tem empresas no setor com capacidade para competir no mundo inteiro”, analisa o secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo Faria de Azevedo.

PLATAFORMAS

Devido à crise que a empresa enfrentou nos últimos anos e ao cenário econômico nacional, alguns investimentos foram postergados, entre eles o de construção de plataformas offshore (afastado da costa). A solução encontrada pela Petrobras foi arrendar plataformas com grandes companhias da área de exploração.

No Estado, a Petrobras anunciou alguns projetos que foram adiados, entre eles está a construção de duas plataformas, ambas do tipo FPSO (sigla para unidade que produz, armazena e transfere petróleo).

Uma delas é a plataforma P-68, que será construída pelo Estaleiro Jurong (EJA), em Aracruz, no Norte do Estado. A princípio, as obras teriam início neste ano, mas no balanço do primeiro trimestre, o diretor de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia da Petrobras, Hugo Repsold, disse que a produção poderia iniciar apenas no início de 2019.

Outra plataforma offshore que a Jurong faria junto a Petrobras, e pode vir a ser contemplada neste novo plano da empresa, é a P-71. A construção dela foi iniciada na China pelo estaleiro CIMC Raffles, mas sua montagem seria finalizada no Espírito Santo. A previsão era de que a plataforma chegasse ao Estado no início de 2019.

INVESTIMENTOS

O coordenador do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, Durval Vieira de Freitas, está otimista com o cenário que vem se desenhando para o setor.

“A cadeia de petróleo e gás é muito extensa. Novos investimentos trazem um impulso para setores, como o metalmecânico, de serviços de instrumentação e instalação elétrica, entre outros”, destaca.

Além desses tradicionais setores, a Petrobras apresentou na Mec Show 2018, no Estado, novas demandas por produtos e serviços a serem desenvolvidos por empresas capixabas interessadas em atender a estatal, como sistemas de identificação para aprimoramento de equipamentos de movimentação de cargas, de retirada de água acumulada nos equipamentos de resfriamento das plantas de gás e um robô de uso submarino (chamado Roving Bat), a ser operado de forma remota para substituir um mergulhador nos trabalhos de inspeção e limpeza de unidades flutuantes de produção de petróleo.

Ambas as FPSO, depois de montadas no Estado, serão instaladas na Bacia de Santos. No entanto, seu processo de montagem deve gerar e manter empregos no Estado.

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Procurados pela reportagem, a Petrobras e o Estaleiro Jurong disseram que não comentariam o assunto.

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