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Peste suína na China impulsiona ações de empresas de carne

Peste suína na China impulsiona ações de empresas de carne

Produção de porcos no país está em queda por causa da doença e importação de carnes deve crescer; ações de subsidiária de carne de frango da JBS já se valorizaram 70%

Publicado em 3 de maio de 2019 às 22:50

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Trabalhador em fazenda de porcos na província de Hebei, na China: produção em queda. (Gilles Sabrie/Bloomberg - 1/4/2019)

Surtos de peste suína africana na China, que vêm reduzindo significativamente o plantel de suínos do país, vão resultar em maiores compras chinesas não só de carne suína, mas de outras proteínas. Isso vem impulsionando as ações das empresas de carne fora da China. A norte-americana Tyson Foods subiu 40% desde o início deste ano e a JBS e sua subsidiária de carne de frango, Pilgrim's Pride, se valorizaram em cerca de 70%.

A multinacional holandesa de serviços bancários Rabobank estimaque a produção de suínos na China caia entre 25% e 35% neste ano. Isso significa uma redução de pelo menos 13 milhões de toneladas. Os chineses, que produziram e consumiram cerca de metade da carne suína mundial no ano passado, vão precisar recorrer a outras proteínas, principalmente frango.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) espera um crescimento de 70% nas importações chinesas de carne de frango.

Apesar de não ser culturalmente comum, pode crescer também o consumo de carne bovina pelos chineses. Com isso, produtores da carne bovina nos Estados Unidos e Brasil, que têm uma vantagem no custo de produção em relação à China, poderão se manter no mercado chinês mesmo após o fim da crise causada pela doença.

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Já oportunidade da carne de frango é de curto prazo. Como a produção dessa proteína é mais rápida que a de carne suína ou bovina, produtores chineses podem elevar a produção rapidamente. A JBS está em vantagem por ser uma produtora de diversas proteínas e por ser uma empresa brasileira, protegida das disputas tarifárias entre Estados Unidos e China.

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