No topo das principais reclamações dos consumidores contras as operadoras de telefonia móvel estão as cobranças indevidas. No ano passado, foram 9.582 denúncias à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no Estado apenas relacionadas a esse motivo, ou seja, cerca de 41% do total.
Só na Grande Vitória, foram 6.544 reclamações relacionadas a faturas, o que representa 39% de todas as queixas apresentadas à Anatel.
Entre as queixas, as principais são cobranças em desacordo com o pacote contratado, feitas após o cancelamento, ou durante suspensão e bloqueio do serviço. Há ainda reclamações de consumidores que não conseguem renegociar dívidas e de inclusão indevida do nome em órgãos de proteção ao crédito, como SPC.
O gerente de atendimento do Procon Estadual, André Marques, lembra ainda que é alto o número de reclamações relacionadas a alterações nos preços de tarifas e pacotes. Às vezes, alteram alguma tarifa, serviço ou mesmo mudam de pacote sem autorização do cliente. Isso tem chegado muito até nós, afirma.
Segundo Marques, é importante o consumidor ficar de olho nas faturas para não cair em situações como essas. Os números ainda são baixos perto do que realmente acontece, porque muita gente já resolve isso direto com a operadora e não chega a recorrer ao Procon e Anatel. Mas é preciso reforçar a necessidade de ficar atento à descrição das faturas e ver se realmente bate com o serviço contratado e prestado.
Ele lembra que sempre que o consumidor se sentir lesado ele deve recorrer aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, o Ministério Público, o portal consumidor.gov, além da própria Anatel. É importante ainda anotar o protocolo de quando você ligou para a operadora, com quem você falou e o horário. Se possível, é bom que o próprio consumidor grave a chamada. Tudo isso pode ser prova caso você precise entrar com uma ação pedindo ressarcimento ou indenização, explica.
O QUE FAZER?
Atenção às faturas
Fique de olho na descrição dos boletos para saber se não há nenhuma cobrança indevida.
Vá à sua operadora
Procure os canais de atendimento e questione sobre as cobranças que você tem dúvida.
Anote o número de protocolo
Anote o protocolo da ligação informado e, se possível, grave você mesmo. Tudo pode servir de prova.
RECLAME
Denuncie ao Procon, à Anatel e a organismos de defesa do consumidor.
Procure organismos como o Procon, a Anatel e o Ministério Público buscando a resolução.
Recorra à Justiça
Se nada der certo, uma opção é entrar com uma ação de ressarcimento e danos morais na Justiça.
Fonte: Procon
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