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Indústria do ES se recupera e cresce 5,8% em julho

Indústria do ES se recupera e cresce 5,8% em julho

No acumulado do ano, no entanto, setor amarga retração de 3,7%

Publicado em 11 de setembro de 2018 às 23:27

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O Espírito Santo apresentou um crescimento na produção industrial no mês de julho deste ano, com alta de 5,8% em comparação ao mês anterior. No entanto, no acumulado do ano, teve a segunda maior queda do Brasil (-3,7%). Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento veio depois de um mês de queda, em junho, causada, principalmente, pela greve dos caminhoneiros, que impactou produções, serviços e vendas em todo o país. Consequentemente, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Estado (Ideies), o setor que apresentou melhor desempenho nesta variação mensal foi o de alimentos, com aumento de 10,5%.

No cenário nacional, as quedas mais acentuadas foram observadas em Goiás (-2,1%), Paraná (-1,3%), São Paulo (-1,1%), Minas Gerais (-1,0%) e Mato Grosso (-0,9%). Rio de Janeiro (-0,3%), Ceará (-0,2%) e Pernambuco (-0,2%) também assinalaram índices negativos.

Já as maiores altas foram verificadas, além do Espírito Santo, no Rio Grande do Sul (4,6%), Pará (2,7%), Amazonas (2,5%), Santa Catarina (1,9%), Bahia (1,0%) e na Região Nordeste (0,5%).

ACUMULADO

A queda registrada pela indústria capixaba no acumulado do ano representa, segundo o economista Orlando Caliman, a oscilação natural do mercado internacional, que rege fortemente os segmentos industriais do Espírito Santo. “O setor industrial do Estado é concentrado em petróleo, minério, aço e celulose. Essas atividades são muito ligadas ao mercado internacional. Por causa disso, a indústria capixaba sempre vai ter grandes oscilações entre queda e crescimento”, explicou.

Nesta base de comparação, o setor de metalurgia registrou leve aumento de 0,7%. Os demais setores registraram comportamento negativo, com recuo de 18,7% em minerais não-metálicos, devido à queda na produção de cimentos “Portland”, granito talhado e serrado.

Aspas de citação

Por causa dessa ligação com o mercado externo, é relativamente fácil acompanhar a indústria aqui no Estado, já que é só ver o que produzem e exportam as grandes empresas responsáveis pelos maiores segmentos do Espírito Santo.

Orlando Caliman, economista
Aspas de citação

Já no país, houve alta em 11 dos 15 locais pesquisados, com destaque para o avanço de dois dígitos no Amazonas (14,1%). Por outro lado, além do Espírito Santo, Goiás (-3,8%) teve o recuo mais elevado no índice desse período.

No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria capixaba teve a maior queda registrada no país, com saldo negativo de 2,3%.

LENTIDÃO

Com o desemprego ainda elevado e confiança dos empresários ainda baixa diante das incertezas em relação às eleições, a economia brasileira tem mostrado um ritmo de recuperação mais lento que o esperado.

No segundo trimestre, a indústria registrou contração de 0,6%, contribuindo para que o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrasse crescimento de apenas 0,2% sobre os três meses anteriores.

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Após divulgação de alta de apenas 0,2% no PIB no segundo trimestre, analistas do mercado passaram a projetar um crescimento mais próximo a 1% em 2018. Segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa do mercado é que a economia cresça 1,40% em 2018, metade do que era esperado alguns meses antes.

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