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Dólar sobe e bate os R$ 3,70, mesmo após Copom segurar juros

Dólar sobe e bate os R$ 3,70, mesmo após Copom segurar juros

Dia também tem recorde no preço do barril do petróleo

Publicado em 17 de maio de 2018 às 17:06

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Os investidores tentam digerir a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a Selic a 6,5% ao ano. Além disso, ainda enfrentam um novo dia de recorde no preço do barril do petróleo e ao aumento dos juros nos Estados Unidos. Em meio a isso, O Ibovespa, principal índice de ações local, recua 1,79%, aos 84.985 pontos. O dólar comercial, após abrir em queda, sobe 0,62%, a R$ 3,70 - na máxima, a moeda já chegou a R$ 3,71.

Dólar em alta. (Reprodução/ Pixabay)

Na avaliação de Jefferson Luliz Rugik, analista da Correparti Corretora de Câmbio, o Copom, ao decidir pela manutenção, indicou que está atento ao patamar do dólar. Isso influenciou a queda na abertura dos negócios. No entanto, dado o cenário externo, há uma pressão de alta.

Com a manutenção dos juros em 6,5% ao ano, fica menor o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos o que, em tese, minimiza a perda de atratividade de investir no Brasil em momento de alta de juros no mercado americano. No entanto, a volatilidade no mercado de câmbio está elevada porque, na interpretação dos investidores, o BC tinha sinalizado para um corte dos juros.

E o exterior hoje aponta para um novo dia de alta volatilidade. Os títulos do Tesouro americano, as treasuries, voltam a subir. O rendimento desses papéis de dez anos está a 3,10% ao ano, valorização que ocorre como consequência dos dados mais fortes da economia americana.

No mercado acionário, as principais ações operam em queda. Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença Corretora, explica que essa desvalorização é justificada pela reunião desta quarta-feira, do Copom, que manteve os juros enquanto o mercado apostava em um corte de 0,25 ponto percenual.

"O mercado está se ajustando. Temos quedas fortes no setor de serviços financeiros, comércio e varejo, que são influenciados pelo custo do crédito", disse.

Os bancos, de maior peso no índice, têm recuos significativos. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco recuam, respectivamente, 2,89% e 2,20%. No caso do Banco do Brasil, a desvalorização é de 3,74%.

A maior queda, no entanto, é registrada pelos papéis da Via Varejo, que despencam 4,97%.

Já no caso da Petrobras, as ações recuam mesmo com a alta do preço do petróleo. O tipo Brent se aproxima dos US$ 80, maior patamar em cerca de quatro anos. O barril era negociado a US$ 79,72, uma alta de 0,55%. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) da estatal caem 0,10% e as ordinárias recuam 1,10%. Os investidores esperavam para hoje a decisão em relação à cessão onerosa da estatal, pelo qual a empresa adquiriu o direito de explorar cinco bilhões de barris de petróleo da camada pré-sal. No entanto, o acordo deve ficar para a semana que vem.

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No caso da Vale, o tombo é de 0,67%.

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